segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Dom de Línguas





Doutrina: Dons Espirituais (Dom de Línguas) Texto-base: 1 Co 14. Paulo diz que não devemos ser ignorantes quanto aos dons espirituais (1 Co 12.1). Assim, o estudo de todos os dons, inclusive o de línguas, é de suma importância para a igreja. Dom de Línguas é a capacidade, dada pelo Espírito Santo, de falar em uma língua desconhecida (estranha ao conhecimento) daquele que fala. É concedida pelo Espírito Santo (At 2.4) e não aprendida. As palavras não brotam da mente, mas do espírito. A Bíblia fala de línguas dos homens e dos anjos (1 Co 13.1). Existem hoje, no mundo todo, cerca de 5.600 idiomas e dialetos. O homem que fala o maior número de idiomas, fala 55 deles. Ou seja, o maior especialista no assunto, conhece apenas 1% dos idiomas mundiais. Nem ele está apto para julgar se uma língua, por mais estranha que pareça, é um idioma falado em alguma parte do planeta. No dia de Pentecostes, algumas das línguas que os discípulos falaram foram reconhecidas (13 nações), mas outras possivelmente não.
O dom de línguas é um dos dons mais característicos da igreja, pois outros dons foram manifestos no AT: Sabedoria (Dt 34.9; 1 Rs 3.9-12), Conhecimento (Ex 31.3), Fé (Gn 15.6), Curar (1 Rs 17.17-23; 2 Rs 4.18-37), Milagres (2 Rs 1.10; 6.4-7; Ex 7.10,20), Profecia (2 Sm 23.2; Nm 24.2), Discernimento (1 Rs 14.1-6; Ex 32.17-19). O dom de línguas, entretanto, é manifesto pela primeira vez no dia de Pentecostes. No dia em que a igreja foi fundada, falou em línguas.
At 2.4 “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.”
O falar noutras línguas, ou a glossolália (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.

O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS.
(1) As línguas como manifestação do Espírito. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo, i.e., uma expressão vocal inspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, i.e., atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra (cf. 1Co 13.1). Não é “fala extática”, como algumas traduções afirmam, pois a Bíblia nunca se refere à “expressão vocal extática” para referir-se ao falar noutras línguas pelo Espírito.

(2) Línguas como sinal externo inicial do batismo no Espírito Santo. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o Espírito Santo se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, Deus vinculou o falar noutras línguas ao batismo no Espírito Santo (2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no Espírito Santo (cf. 10.45,46). Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja, sempre que as línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas.

(3) As línguas como dom. Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo Espírito Santo (1Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais: (a) O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo Espírito, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1Co 14.5,6,13-17). (b) O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1Co 14.4). Significa falar ao nível do espírito (14.2,14), com o propósito de orar (14.2,14,15,28), dar graças (14.16,17) ou cantar (14.15; ver 1Co 14 notas;).
1. As línguas é um dom que todos podemos ter. Paulo disse: “E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas...” (1 Coríntios 14:5).
2. As línguas são um dom que se pode manifestar em qualquer lugar, em qualquer ocasião e em
qualquer circunstância da vida. Podemos falar em línguas silenciosamente ou em voz alta.
(1 Coríntios 14:28).
3. As línguas são o único dos nove dons pelo qual o crente se edifica a si próprio (1 Coríntios 14:4).
4. As línguas são a linguagem do espírito. Deus é espírito. As línguas capacitam-nos a falar com Deus
de uma forma melhor do que se fosse com a capacidade humana.

AJUDAS ESPECIAIS
Falar em línguas ajuda-nos a orar melhor. Falando em línguas, podemos orar como nunca oraremos naturalmente. (Romanos 8:26).   “E, da mesma maneira, também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir, como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós, com gemidos inexprimíveis (isto é, com palavras que o homem não consegue expressar)” 


OUTRAS LÍNGUAS, PORÉM FALSAS.
O simples fato de alguém falar “noutras línguas”, ou exercitar outra manifestação sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do Espírito Santo. O ser humano pode imitar as línguas estranhas como o fazem os demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se nossas experiências espirituais procedem realmente de Deus (ver 1Jo 4.1 nota).
(1) Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do Espírito Santo, como em 2.4. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento inicial do Espírito Santo. Não é algo aprendido, nem ensinado, como por exemplo instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo.
(2) O Espírito Santo nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dentro da igreja (1Tm 4.1,2); sinais e maravilhas operados por Satanás (Mt 7.22,23; cf. 2Ts 2.9) e obreiros fraudulentos que fingem ser servos de Deus (2Pe 2.1,2). 
(3) Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo (1 Jo 3.6-10; 4.1-3; cf. Gl 1.9 nota; Mt 24.11-24, Jo8.31).
É necessário um cuidado com a falsificação deste dom. Só o Espírito Santo pode concedê-lo ao crente. Não pode ser ensinado ou aprendido.
Uma vez que é concedido pelo Espírito, não confere status de espiritualidade para ninguém. O fruto do Espírito é a demonstração genuína de vida consagrada.
O dom de línguas não deve ser um fim em si mesmo, que uma vez alcançado revela que todo o crescimento espiritual já ocorreu na vida do crente, mas deve ser um meio de se continuar buscando cada vez mais a perfeição em Cristo.

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