sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Batalha Espiritual



Conhecendo nossos adversários
Muitos fracassam na guerra espiritual por desconhecer nossos aliados espirituais, nossas armas de guerra e também nossos adversários.
Há uma diferença entre batalha e guerra. A batalha é um combate com um propósito específico, em um período ou época. A guerra é um conjunto de batalhas, com o propósito de tomada de nações, continentes, estados. No mundo espiritual, entendemos que a guerra existe desde a fundação do mundo, e acabará no final dos tempos, quando Satanás for totalmente aprisionado, com todos os seus demônios. Enquanto isso, levantam-se batalhas espirituais, em todo o tempo. Os personagens deste cenário são:
• Eu e você
• Anjos e demônios
• Deus, pois é onipresente e onisciente
• Satanás
A Bíblia Sagrada nos revela algumas observações importantes acerca de batalhas espirituais. Observe:
• Batalha Espiritual é Deus derrotando Satanás com o sopro da sua boca (2 Ts 2.8) E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;
• Batalha Espiritual é a luta entre a carne e o espírito (Rm 8.5) Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.
• Batalha Espiritual é a luta entre anjos e demônios (Ap 12.7) E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjo
• Batalha Espiritual é pela fé, vencer as aflições do mundo (Jo 16.33) Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.
• Batalha Espiritual é livrar almas da morte (Pv 24.11) Se tu deixares de livrar os que estão sendo levados para a morte, e aos que estão sendo levados para a matança;
Muitos crentes assumem o ministério de Batalha Espiritual como se fosse uma responsabilidade dele mesmo. Não é, somos apenas instrumentos nas mãos de Deus. A Batalha é do Senhor. O motivo de crentes desistirem do ministério, ou fracassarem na fé, é justamente por isso. Eles querem ver resultados imediatos, e querem fazer de seu jeito. Somos guerreiros, soldados, e devemos estar sob a direção do Grande General de Guerra, para que possamos ter grandes vitórias. E finalmente dizer como Paulo:
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” (2 Tm 4.7)
Medite nestes versículos, e entenda que a Batalha pertence ao Senhor:
• Gn 3.15 (início da guerra): E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
• Ex 15.3O SENHOR é homem de guerra; o SENHOR é o seu nome.
• Ex 14.14 O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis.
• Is 41.10-13 Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.
Eis que, envergonhados e confundidos serão todos os que se indignaram contra ti; tornar-se-ão em nada, e os que contenderem contigo, perecerão.
Buscá-los-ás, porém não os acharás; os que pelejarem contigo, tornar-se-ão em nada, e como coisa que não é nada, os que guerrearem contigo.
Porque eu, o SENHOR teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, eu te ajudo.

Não existe luta entre Deus e o diabo
Satanás “bate continências” na presença de Deus. Tudo o que ocorre no mundo espiritual está debaixo da soberania de Deus, e o próprio Satanás depende da autorização de Deus para fazer seus atos malignos.
“Ora, chegado o dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles. O Senhor perguntou a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao Senhor, dizendo: De rodear a terra, e de passear por ela.” (Jó 1.6,7)
Imagine o caos que seria este planeta, se Satanás fizesse tudo o que ele quisesse. Você acha que os aviões se manteriam no ar? Você acha que não haveria uma violência ainda maior do que a existente?
Satanás também é criatura, e seu poder é limitado diante de Deus. Ele é tão pequeno para Deus assim como eu e você o somos. Repito: não existe luta entre Deus e o diabo. Porém, então porque precisamos batalhar?
Então de quem é a luta?
Eis uma boa pergunta. Se Deus não luta contra o Diabo, porque vivemos em batalha? Porque o povo de Deus vive em guerra espiritual? Muitas perguntas, para uma única resposta: A LUTA É ENTRE O HOMEM E SATANÁS.
“Pois a nossa luta não é contra carne e sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes.” (Ef 6.12)
Paulo diz que a luta espiritual é contra nós. Satanás e seus demônios sabem que não podem lutar contra Deus, pois o Senhor tem poder para destruí-los com o sopro de sua boca (2 Ts 2.8). Portanto eles sabem que podem afetar diretamente ao Senhor, quando agridem sua noiva.
A igreja representa a noiva de Cristo, que está temporariamente na terra, sendo preparada pelo Espírito Santo para o grande encontro, o dia do casamento. Enquanto isso o diabo nos ataca, quer nos fazer desistir, ou até nos matar. Para ele este casamento não pode acontecer.
Sim, estamos em batalha, e como bons soldados precisamos estar preparados, devidamente treinados. Fique alerta, o diabo anda ao derredor, buscando quem possa tragar.
Conhecendo nossos inimigos
O Antigo Testamento relata grandes batalhas e jornadas do povo de Israel. Todos estes relatos trazem-nos profundos ensinamentos que devem ser executados em batalha espiritual.
"Enviou-os, pois, Moisés a espiar: a terra de Canaã, e disse-lhes: Subi por aqui para o Negebe, e penetrai nas montanhas; e vede a terra, que tal é; e o povo que nela habita, se é forte ou fraco, se pouco ou muito; que tal é a terra em que habita, se boa ou má; que tais são as cidades em que habita, se arraiais ou fortalezas; e que tal é a terra, se gorda ou magra; se nela há árvores, ou não; e esforçai-vos, e tomai do fruto da terra. Ora, a estação era a das uvas temporãs." (Nm 13.17-20)
Doze espias foram enviados por Moisés para reconhecer a terra, por orientação do Senhor (Nm 3.2). Deus sabia exatamente o que esperava pelo povo, na terra prometida. Haviam pela frente muitos gigantes, povos bárbaros, porém para a grande conquista era necessário também uma grande luta. O povo não deveria temer, pois a guerra era de Deus, o próprio Senhor garantiria o povo, mesmo assim Deus ordena que se enviem espias para reconhecer a terra.
Para entrar em batalha, o povo precisou reconhecer exatamente quais seriam os tipos de ameaças que deveriam enfrentar:
• Qual a qualidade da terra a ser tomada (que tal é)
• Qual o povo que habitava na terra e suas características como guerreiros (se eram fortes ou fracos)
• A quantidade (pouco ou muito)
• A qualidade da terra de habitação do adversário
• Se os adversários habitavam em arraiais ou em fortalezas
• Se a terra é fértil ou não (Se há árvores ou não)
O reconhecimento antes da batalha é uma prática extremamente necessária e essencial. Muitos crentes estão entrando em batalhas espirituais sem conhecer seus inimigos e suas armas. Satanás é astuto, e usa de astutas ciladas.
Devemos conhecer sobre o nosso inimigo. Estudar sobre sua natureza, seus métodos, armadilhas. Quais são seus “poderes”, e até onde vai sua força. Se não conhecermos nosso inimigo, nos tornaremos alvos fáceis para os dardos inflamados do maligno.
É bem verdade que muitos líderes não ensinam a igreja sobre este importante assunto, sob o argumento que “não perdem tempo falando do diabo”, ou que “o diabo não deve aparecer”. A questão não é essa.
 Os demônios são especialistas em tudo o que você pode imaginar. Eles acompanham o homem há centenas de gerações.
Eu diria que eles são especialistas em antropologia, geografia, história, sociologia, psicologia, etc. Sabem tudo sobre o homem, sabem tudo sobre você. Conheça também sobre ele, e Deus te usará como um soldado classificado para esta batalha.
Não subestime seu adversário
Um dos grandes ensinamentos que qualquer militar aprende é: Não subestime o inimigo. Na segunda guerra mundial, um do motivo de grande desgraça aos norte-americanos foi subestimar os vietnamitas, crendo na sua ineficiência por seu humilde armamento.
Mesmo sem um bom arsenal, os soldados vietnamitas usaram de inteligentes estratégias (astutas ciladas), e se escondendo por túneis e buracos, conseguiram durante muito tempo resistir aos ataques de seus opressores.

Deixe-me contar dois fatos, verídicos:
Caso 1:
“Um certo ministro de libertação era usado com grande poder e autoridade na batalha espiritual. Um certo dia, ao expulsar um demônio, o inimigo olhou para ele e disse: me aguarde, eu ainda te pego. E saiu.
Meses depois, este ministro estava na rua, e uma jovem o pediu informações... conversa vai; conversa vem; quando se viu estavam entrelaçados em um hotel. O ministro distraiu, deu brecha. Em determinado momento, ao beijar a jovem, ela mordeu metade de sua língua, arrancando-a.
No mesmo instante, ela olhou para ele com voz trêmula e disse: EU NÃO DISSE QUE TE PEGARIA!”
Caso 2:
“Certa vez, em uma igreja, um pastor, durante uma libertação, permitiu que o demônio falasse. Então o demônio disse: - Você, pastor, é um adúltero! Estava com uma prostituta ontem, às dez da noite e mentiu pra sua mulher que o carro tinha quebrado. Realmente no dia anterior, esse pastor estava voltando de uma cidade onde havia ministrado a Palavra de Deus onde muitas pessoas haviam sido tocadas pelo Senhor, aceitando-o como Salvador de suas almas. O demônio ficou muito irritado pelo sucesso do pastor e fez com que seu carro “apagasse” no meio da estrada, às 22:00h, quando ele ia voltando para sua casa. O pastor, sem vigiar, ficou irritado e esqueceu de orar repreendendo a ação de Satanás sobre a sua vida, o que faria o carro pegar imediatamente, e ficou tentando solucionar o problema com suas próprias mãos. Chegando em casa uma hora depois do horário previsto, contou a sua esposa o ocorrido. Quando o demônio falou aquilo no culto, acendeu-se a ira da esposa, porque realmente era aquilo que ela pensava (porque o inimigo havia implantado esse pensamento na sua mente). Resultado: o pastor foi afastado da igreja, a sua esposa pediu o divórcio. Tudo por causa de um demônio de terceira categoria, porém esperto, que soube aproveitar as falhas dessas pessoas.”

Satanás e os demônios são nossos piores inimigos. Você pode crer que eles são fracos, e que são submissos à autoridade do nome de Jesus. Eles podem até correr quando olham para você, devido a unção que Deus colocar sobre sua vida, mas não distraia, não subestime.
Nosso inimigo não tem pressa, ele não tem tempo para acabar com sua vida. Entenda que ele anda ao nosso derredor, esperando uma oportunidade para tragar-nos. Na maioria das vezes, o pecado abre esta oportunidade, e como você sabe “todos pecaram”.
Acesse: www.atosdois.com.br/seminarios.php

"O que diz a Bíblia a respeito da batalha espiritual?"

Há dois erros primários quando o assunto é a batalha espiritual: excesso e escassez de ênfase. Há aqueles que, para cada pecado, cada conflito e cada problema põem a culpa nos demônios que devem ser então expulsos. Outros ignoram completamente a esfera espiritual, e o fato de que a Bíblia nos instrui que nossa batalha é contra forças espirituais. O segredo do sucesso na batalha espiritual é encontrar o equilíbrio bíblico. Jesus, algumas vezes, expulsou demônios das pessoas, e algumas vezes, curou pessoas sem mencionar o “demoníaco”. O Apóstolo Paulo instrui os cristãos a começar a luta contra o pecado dentro de si mesmos (Romanos 6), e contra o diabo. (Efésios 6:10-18).
Efésios 6:10-12 declara: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Este texto nos ensina algumas verdades cruciais: (1) Podemos ser fortes apenas no poder do Senhor, (2) É a armadura de Deus que nos protege, (3) Nossa batalha é contra forças espirituais do mal presentes no mundo.
(1) Um forte exemplo é o arcanjo Miguel em Judas 1:9. Miguel, provavelmente o mais poderoso de todos os anjos de Deus, não repreendeu Satanás em seu próprio poder, mas disse: “O Senhor te repreenda.” Apocalipse 12:7-8 registra que no fim dos tempos, Miguel vencerá Satanás, Ainda assim, quando se trata de seu conflito com Satanás, Miguel o repreendeu no nome e autoridade de Deus, e não de si mesmo. É somente através de nosso relacionamento com Jesus Cristo que nós, como cristãos, temos qualquer autoridade sobre Satanás e seus demônios. É somente em Seu nome que nossa repreensão tem algum poder.
(2) Efésios 6:13-18 nos dá uma descrição da armadura espiritual que Deus nos dá. Devemos resistir firmes com (a) o cinturão da verdade, (b) a couraça da justiça, (c) o evangelho da paz, (d) o escudo da fé, (e) o capacete da salvação, (f) a espada do Espírito e (g) oração no Espírito. O que estas peças da armadura espiritual representam para nós em nossa batalha espiritual? Devemos falar a verdade contra as mentiras de Satanás. Devemos descansar no fato de que somos declarados justos por causa do sacrifício de Cristo por nós. Devemos proclamar o Evangelho, não importa quanta resistência recebamos. Não devemos vacilar em nossa fé, não importa o quão fortemente sejamos atacados. Nossa última defesa é a certeza que temos de nossa salvação, e o fato de que as forças espirituais não podem arrancá-la. Nossa arma de ataque deve ser a Palavra de Deus, não nossas próprias opiniões e sentimentos. Devemos seguir o exemplo de Jesus em reconhecer que algumas vitórias espirituais são possíveis somente através da oração.
Jesus é nosso principal exemplo para a batalha espiritual. Observe como Jesus lidou com os ataques diretos de Satanás: “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam” (Mateus 4:1-11). A melhor maneira de combater Satanás é como Jesus nos mostrou, ou seja, citar as Escrituras, pois o diabo não pode contra a espada de Espírito, a Palavra do Deus Vivo.
O maior exemplo em como não se engajar na batalha espiritual foi o dos sete filhos de Ceva: “E alguns dos exorcistas judeus ambulantes tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus a quem Paulo prega. E os que faziam isto eram sete filhos de Ceva, judeu, principal dos sacerdotes. Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus, e bem sei quem é Paulo; mas vós quem sois? E, saltando neles o homem que tinha o espírito maligno, e assenhoreando-se de todos, pôde mais do que eles; de tal maneira que, nus e feridos, fugiram daquela casa” (Atos 19:13-16). Qual foi o problema? Os sete filhos de Ceva estavam usando o nome de Jesus. Isto não é o suficiente. Os sete filhos de Ceva não tinham um relacionamento com Jesus, e por isso, suas palavras foram vazias de qualquer poder ou autoridade. Os sete filhos de Ceva confiaram em uma metodologia. Eles não confiaram em Jesus, e não estavam empregando a Palavra de Deus em sua batalha espiritual. Como resultado, receberam uma humilhante surra. Podemos aprender com este mau exemplo, e conduzir a batalha espiritual da forma como a Bíblia descreve.
Resumindo, quais os segredos para o sucesso na batalha espiritual? Primeiro, confiemos no poder de Deus, não em nosso próprio. Segundo, repreendamos no Nome de Jesus, não em nosso próprio nome. Terceiro, devemos nos proteger com a completa armadura de Deus. Quarto, nos engajemos na guerra com a espada do Espírito: a Palavra de Deus. Por último, devemos nos lembrar que mesmo estando na batalha espiritual contra Satanás e seus demônios, nem todo o pecado ou problema é um demônio que deva ser repreendido. “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Romanos 8:37).

Existem três níveis de batalha espiritual ou guerra espiritual:
- Nível 1: Batalha a nível de solo (pessoa a pessoa)
- Nível 2: Batalha a nível de instituição (organização/organização)
- Nível 3: Batalha a nível estratégico (tomada de cidades).
A batalha a nível solo é para curar o nosso povo e fechar as brechas.

O Exército de Deus
Guerra espiritual é hoje uma linguagem universal, todos os crentes já ouviram pelo menos uma vez este termo, não é modismo de evangelização e missões, absolutamente é uma luta que travamos constantemente contra satanás.
* Nós somos soldados alistados para esta grande batalha espiritual, um soldado é um combatente, um campeão, portanto um vencedor (2 Tm 2.3) “Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus.” Um soldado é parte integrante de um corpo que pode ser chamado de guarnição, destacamento, batalhão ou regimento.
Em (Jl 2.2b e 5b) “um povo grande e poderoso, qual nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração: ...como um povo poderoso, posto em ordem de batalha.” Aqui encontramos duas características marcantes do exército de Deus. Pois maior é aquele que está em nós (1 Jo 4.4) “Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.” Nunca digas estou só, pois o Senhor Jesus afirma categoricamente: (Mt 28.20) “...e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Nunca mais digas: não posso, pois está escrito (Fl 4.13) “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.”
Vejamos objetivamente, as diversas posições a serem ocupadas no exército de Deus:
1 – INFANTARIA.
São aqueles que estão na linha de frente, basicamente no corpo a corpo com o inimigo: destituindo potestades, expulsando demônios, invadindo pessoalmente o território do inimigo, pisando neste território e tomando posse em nome do grande general – Jeová Shabaot ( Senhor dos exércitos). Exemplo: Davi colocou Urias na infantaria. Como também os missionários.
2 – ARTILHARIA.
É composto pelo grupo que utiliza armas de longo alcance, como: Intercessão, combate espiritual em grande escala, Fé sobrenatural e palavras de autoridade. Exemplo: Elizeu (2 Rs 6.18) “Quando os sírios desceram a ele, Eliseu orou ao Senhor, e disse: Fere de cegueira esta gente, peço-te. E o Senhor os feriu de cegueira, conforme o pedido de Eliseu.” Jesus (Mt 8.8b) “...mas somente dize uma palavra, e o meu criado há de sarar.” O objetivo principal da artilharia é enfraquecer as forças inimigas, atingindo alvos selecionados como: Principados, Potestades, Dominadores deste mundo tenebroso. (2 Co 10.4,5; Ef 6.12) “pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas;” Bombardeando as fortalezas inimigas, o trabalho é facilitado para os infantes que estão na linha de frente, os quais, despojarão o inimigo, tomando-lhe as vidas preciosas e transportando-as para o reino da luz. (Is 49.25) “...Certamente os cativos serão tirados ao valente, e a presa do tirano será libertada; porque eu contenderei com os que contendem contigo, e os teus filhos eu salvarei.”
3 – REGIMENTO MOTORIZADO.
São agrupamentos que utilizam os grandes equipamentos de guerra para atingir as grandes massas. Exemplo: O rádio, a televisão, os grandes seminários, seu objetivo principal é lançar de uma só vez toneladas de sementes da palavra de Deus. (Is 40.9) “Tu, anunciador de boas-novas a Sião, sobe a um monte alto. Tu, anunciador de boas-novas a Jerusalém, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.”
4 – ENGENHARIA.
É o grupo dotado de uma capacidade especial de engendrar, arquitetar, planejar meios através dos quais é aumentado, facilitando e ampliando o poder de fogo do exército de Deus. São as técnicas e táticas especiais do Espírito Santo (O grande Ensinador), que nos leva a resultados surpreendentes. Deus sempre levantou e treinou os seus engenheiros de guerra, exemplo: Moisés (Ex 17.11) “E acontecia que quando Moisés levantava a mão, prevalecia Israel; mas quando ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque.” , Josué (Js 10.12b) “...e disse na presença de Israel: Sol, detém-se sobre Gibeão, e tu, lua, sobre o vale de Aijalom.” Josafá (2 Cr 20.22ª) “Ora, quando começaram a cantar e a dar louvores, o Senhor pôs emboscadas contra os homens de Amom, de Moabe e do monte Seir,...” e Paulo e Silas (At 16.25,26). Utilizando-se de artifícios, humanamente loucos, estes homens venceram batalhas e situações humanamente impossíveis.
5 – COMUNICAÇÕES.
O elemento deste agrupamento tem como missão promover o apoio de comunicações necessária àqueles que o recorrem ou dele dependem. Existem tanto as comunicações ativas, que dão diretrizes de ataque; quanto a passiva, que visam preservar do perigo eminente. Em ambos os casos, Deus utiliza com freqüência os seus profetas, conforme (Am 3.7) “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.” E não com menos freqüência a sua palavra (Hb 1.1) “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,” exemplo: a extratégia através de Jaaziel (2 Cr 20.14-17); aviso através de Elizeu (2 Rs 6.6).
6 – SUPRIMENTO.
Visa promover o suprimento regular e extraordinário, tanto da necessidade básica de sobrevivência e bem estar do soldado, quanto, dos equipamentos e munições por ele utilizados. Exemplo: Davi, antes de se tornar rei, assistia seus irmãos, na batalha, com mantimentos (1 Sm 17.15,17,18). Mas Deus queria Davi era no meio da batalha como um soldado.
7 – DEPARTAMENTO MÉDICO.
Este grupo de forma especial cuida do tratamento e recuperação dos feridos e doentes. Cuida também da saúde preventiva da tropa. Num combate há sempre aqueles que por um ou outro motivo são feridos e necessitam de cuidados especiais. Exemplo: Parábola do Bom Samaritano (Lc 10.34-37).
Esta luta contra as trevas envolve todos os crentes, seja qual for seu dom ou vocação. Fazer evangelismo é fazer guerra contra as trevas, é tirar da cegueira espiritual os cativos de satanás. (2 Co 4.4).
Autor: Vilmar Henrique Martins

A Igreja e a Batalha Espiritual
O Novo Testamento nos apresenta diversos quadros relativos à Igreja, especialmente no livro de Efésios a vemos como uma família, um templo, a noiva de Cristo, e também como um exército que está envolvido num conflito global. Por conflito global, podemos entender que a guerra espiritual não somente está voltado a um aspecto terreno, mas também envolve as regiões celestiais, ou seja, o universo criado. Podemos parafrasear Efésios 6:12 de acordo com o original grego da seguinte forma: “Nossa luta livre não é contra sangue e carne ou contra pessoas com corpos, senão contra governadores sobre diversas áreas e ordens descendentes de autoridades, contra os dominadores do mundo da obscuridade presente, contra forças espirituais do mal nas regiões celestes”.
Esta referência bíblica nos apresenta os quatro níveis de autoridade do reino das trevas, assim podemos entender verdadeiramente contra quem estamos guerreando.
1) Principados (no grego arché, que significa espíritos governantes, magistrados, poderes, começo, sendo que começo neste caso se refere ao tempo ou ordem). Principados são espíritos demoníacos poderosos da mais alta hierarquia (primeiro escalão), recebendo ordens diretamente de Satanás, dominando e operando nos lugares celestiais. São chamados de príncipes (Dan. 10:13,20).
2) Potestades (no grego exousia, significando autoridades que permitem ou impedem, poder delegado). As potestades têm poderes executivos, recebendo autoridade e poder delegado pelos principados. Nos textos de I Cor. 15:24 e Colos. 2:15 refere-se à todas as autoridades e poderes malignos, que se opõem a Jesus Cristo e a Igreja.
3) Príncipes do mundo destas trevas (no grego kosmokrator, que significa governadores mundiais, os senhores do mundo; vem de “kosmos”, isto é, “mundo” e “krator”, isto é, governados). Estes são responsáveis pela luta contra a verdadeira luz e levam o povo às trevas, cegando-lhes os olhos e enviando trevas às almas dos homens. Quando oramos por pessoas que estão dominadas pela cegueira de Satanás e por pessoas que estão em religiões pagãs estamos guerreando contra este tipo de inimigo. Estes governadores mundiais governam sobre nações através do seu poder de cegar a mente dos homens. Exercem também autoridade sobre diferentes sistemas de governos do mundo.
4) Hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes (no grego pneumatikos, que vem da raiz da palavra “pneuma”, que significa “espírito” e “poneria”, que significa “iniqüidade”, “depravação”, “maligno”, “atividade de natureza má”). Estas forças oprimem a humanidade, tentando levá-la ao desespero e caos total. O medo, a angústia e os suicídios são resultantes destas forças espirituais malignas.
A base da nossa vitória
Como podemos vencer toda esta estrutura hierárquica de forças malignas? Temos que nos manter firmes na vitória conquistada por Cristo na cruz. Em Colos. 2:13-15 encontramos a chave para vencermos na guerra espiritual: Jesus derrotou a Satanás e a todos os principados malignos. A culpa nos afasta de vivermos esta experiência de vitória (Apoc. 12:10) e assim seremos derrotados. Jesus despojou os principados e potestades, os exibindo publicamente e deles triunfando na cruz. Triunfar não é ganhar uma batalha, trata-se da celebração de uma batalha que já foi ganha. A Bíblia declara que Deus, em Cristo sempre nos conduz em triunfo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar o cheiro do seu conhecimento (II Cor. 2:14).
O porquê da guerra
Satanás tem buscado adoração. O homem é o canal de adoração: ao Deus único e verdadeiro ou a Satanás. As pessoas que não conhecem a Cristo, são como jóias nas mãos do Diabo, e ele não quer perder estas vidas.
Quando estudamos sobre as guerras na Bíblia, podemos perceber que sempre havia um propósito definido: saque e conquista de território (I Crôn. 20:2). Guerra espiritual não é um fim em si mesma, porém um meio para alcançar um grande objetivo: despojo. Existe vidas que precisam ser tomadas e levadas para o Reino de Deus.
Estamos vivendo dias proféticos e apostólicos. E uma igreja que está movendo em uma atmosfera apostólica, ela reconhece que é parte do exército de Deus com um supremo chamado de reconquistar todo o território que foi invadido pelo inimigo. O perímetro de ação do inimigo vai ser diminuído e o perímetro de ação do governo de Deus será ampliado. Esta igreja vai manifestar de maneira profética demonstrativa a vitória que foi conquistada por Cristo na cruz. Aleluia, nesta guerra somos vitoriosos juntamente com Cristo!!!
Autor: Ap. José Levi Machado Domingos

GUERRA ESPIRITUAL
Assim como somos seres naturais (temos um corpo), somos também seres espirituais (temos um espírito). Então não podemos negar que precisamos conhecer e estarmos atentos quanto ao mundo espiritual.
Os anjos – A palavra anjo (hebreu: Malak; grego: Angelos) significa “mensageiro”.
Os anjos são mensageiros ou servidores celestiais de Deus (Sl. 103:20; Hb 1:13-14);
Criados por Deus antes de existir a terra (Cl 1:16).
Criados para adorar a Deus, a Jesus (Sl 148: 2; Hb 1:6).
A Bíblia fala em anjos bons (Sl. 34:7) e anjos maus (Ef. 6:12).
A Bíblia fala sobre uma hierarquia de anjos (Ef. 1:21):

Tendo livre arbítrio, numerosos anjos participaram da rebelião de satanás, e abandonaram o seu estado original de graça como servos de Deus, e assim perderam o direito à sua posição celestial (chamamos esses anjos caídos de demônios). Is. 14:12-15 (estrela da manhã – lúcifer); Ez 28:12-17 (querubim); Lc. 10:18 (satanás); Ap 12:4;9 (dragão, antiga serpente, diabo e satanás)
A função do diabo é perturbar as pessoas e afastá-las do caminho verdadeiro (Jo 8:44; 10:10; II Cor. 4:4: I Pe 5:8), e também age com “Espírito de engano” (Ex. 7:11-12; II Cor. 11:14).
A influência do diabo é maior nas pessoas que não receberam Jesus e que não são lavadas com o sangue de Cristo (Mt 12:43-45). Essa influência pode ser manifestada através da possessão, que é evidenciada por sinais como, atitudes irracionais, loucura e ódio. Essas pessoas só podem ser libertas através do poder do nome de Jesus (Lc 10:17; At 19:13-16; I Jo 3:8).
Em relação ao Crente:
Nós temos anjos que ministram em nosso favor (Hb. 1:14).
Os anjos recebem ordem somente de Deus (Sl. 91:11 e Mt. 26:53).
Os demônios não podem possuir o nosso corpo, pois ele é templo do Espírito Santo, ou seja, a nossa casa não está vazia (I Co 6:19)
Os demônios podem somente trazer perturbações através de brechas que venhamos a dar (Ef 4:27).
Os anjos estão divididos em diferentes categorias (não se pode saber exatamente a hierarquia):
Miguel é chamado de arcanjo (Jd 9),
Há serafins (Is 6:2), querubins (Ez 10:1).
Os anjos podem também aparecer em forma humana (Gn 18:2 e At. 5:19-20).
A Bíblia relata o nome de apenas dois anjos: Miguel (Dn 10:13;  Ap 12:7) e Gabriel (Dn 9:21-23; Lc 1:19).
Apesar de termos anjos guerreando em nosso favor, precisamos estar preparados para resistirmos aos ataques do diabo contra as nossas vidas, pois ele não sossega enquanto não tirar a nossa paz. Mas para termos vitória sobre o inimigo devemos nos revestir da armadura de Deus (Ef. 6:10-18).
Por meio das Escrituras, tornou-se manifesto o mundo espiritual, revelando que os anjos são possuidores de sabedoria e inteligência sobre-humana.
 Para os estudiosos da Bíblia, a sabedoria dos anjos é evidente. Porém, Jesus forneceu testemunho de que o conhecimento dos anjos é limitado quando falou da sua segunda vinda, dizendo: “Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai” (Mc 13.32).
 Com relação ao seu poder, embora seja grande, é limitado (Sl 103.20).

O MINISTÉRIOS DOS ANJOS
Os anjos foram criados com propósitos definidos por Deus. Foram criados como servos de Deus, de Cristo e da Igreja para executarem a vontade de Deus na Terra (Hb 1.6, 14). Além disso, conversam entre si (Ap 14.18). Antes da rebelião de Satanás contra o Criador, todos os anjos foram criados primordialmente para adorar a Deus e a Cristo, tendo portanto sua existência centrada na Divindade.
 O que a Bíblia nos ensina sobre o ministério dos anjos:
 ADORAR A DEUS:
Este é o principal e mais importante ministério dos anjos. Várias passagens bíblicas confirmam isso:
“E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças” (Ap 5.11-12).
 “E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem” (Hb 1.6).
 “Bendizei ao SENHOR, todos os seus anjos, vós que excedeis em força, que guardais os seus mandamentos, obedecendo à voz da sua palavra. Bendizei ao SENHOR, todos os seus exércitos, vós ministros seus, que executais o seu beneplácito” (Sl 103.20-21).
 MEDIADORES DA LEI
Foi por intermédio dos anjos que a Lei mosaica foi transmitida ao povo israelita: “...vós que recebestes a Lei por ministério dos anjos e não a guardaste” (At 7.53). “Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro” (Gl 3.19).
 EXECUTORES DOS JUÍZOS DE DEUS
Por várias vezes os anjos são apresentados nas Escrituras com missões específicas de executar juízos de Deus.
 “Então disseram aqueles homens a Ló: Tens alguém mais aqui? Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar; Porque nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem aumentado diante da face do SENHOR, e o SENHOR nos enviou a destruí-lo” (Gn 19.12-13).
 “Estendendo, pois, o anjo a sua mão sobre Jerusalém, para a destruir, o SENHOR se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta, agora retira a tua mão. E o anjo do SENHOR estava junto à eira de Araúna, o jebuseu” (2 Sm 24.16).
 IRÃO REUNIR OS SANTOS
Na volta de Cristo para buscar a sua Igreja, os anjos exercerão grande influência: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mt 24.30-31).
 NO JUÍZO FINAL
Os anjos de Deus serão os ceifeiros que separarão os cristãos dos incrédulos no dia do juízo final. Eles conhecem a diferença entre o joio e o trigo.
 (Mateus 13:30) “Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro”; (Mateus 13:39) “O inimigo, que o semeou, é o diabo; e a ceifa é o fim do mundo; e os ceifeiros são os anjos”.
 “Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus de entre os justos, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 13.49-50).
 ANJOS NÃO DEVEM SER ADORADOS
Os anjos são seres criados e, como tais, não devem ser adorados, pois a adoração é uma prerrogativa exclusiva das pessoas da Trindade, a saber: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo (Is 6.3; Rm 11.33-36; Ap 4). Não encontramos na Bíblia nenhuma passagem que abone a ideia de adoração ou culto aos anjos. Jesus quando da tentação no deserto, deixou bem claro a quem devemos adorar e prestar culto, quando disse: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a Ele darás culto”. Visto que um anjo não é Deus, mas apenas uma criatura de Deus, não pode nem deve ser adorado ou cultuado. O apóstolo João, quando estava recebendo a revelação das coisas futuras por intermédio de um anjo escreveu: “... prostrei-me aos pés do anjo que me mostrava para o adorar. E disse-me: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, dos profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus” (Ap 22.8-9). Portanto, reiteremos que somente o Deus revelado nas Escrituras deve ser adorado, porque Ele disse: “... a minha glória, pois não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Is 42.8).
 HIERARQUIA DOS ANJOS
Algumas passagens da Bíblia Sagrada deixam entender que há uma hierarquia entre os anjos.
 Na epístola aos Colossenses a posição hierárquica dos anjos está em ordem decrescente: tronos, soberanias, principados e potestades, enquanto em Efésios a mesma graduação é mencionada em ordem crescente: principados, potestades, poder e domínio. Conclui-se que essas posições hierárquicas de autoridade entre os anjos ocorrem devido às suas diferentes funções exercidas no céu.
 GABRIEL
O nome Gabriel no hebraico significa literalmente “homem de Deus, varão de Deus”.
 Ele aparece quatro vezes na Bíblia, e sempre em missões específicas (Dn 8.16; 9.21; Lc 1.19; 1.26). No Antigo Testamento, Gabriel aparece apenas no livro de Daniel, como mensageiro celestial para revelar eventos futuros ou escatológicos (Dn 8.19; 9.24-27).
 No Novo Testamento, Gabriel ressurge somente na narrativa de Lucas que descreve o nascimento de Jesus. Também como mensageiro angelical que anuncia grandes eventos: o nascimento de João Batista (Lc 1-11-20) e de Jesus (Lc 1.26-38). Também é apresentado como aquele que “assiste diante de Deus” (Lc 1.19), o que evidência sua relação pessoal com o Criador. Destes casos se conclui que Gabriel é o portador das grandes mensagens divinas aos homens. Podemos concluir que na Bíblia Gabriel é o anjo mensageiro.
 Não é somente nas Escrituras Sagradas que podemos encontrar referências a este ser celestial. Os manuscritos descobertos nas grutas de Qumrã comprovam o interesse dos essênios por anjos. Gabriel é um dos quatro nomes angelicais escritos nos escudos dos Filhos da Luz enquanto saem para a batalha. Os Targuns introduzem Gabriel nas narrativas bíblicas como aquele que guia José para encontrar-se com seus irmãos (Gn 37.15), que enterra Moisés (Dt 34.6) e destrói o exército de Senaqueribe (2 Cr 32.21).
 ARCANJO MIGUEL
O nome Miguel é de origem hebraica e significa literalmente “quem é como Deus, que é semelhante a Deus”.
 Ele é mencionado com aquele que se levanta, provavelmente em defesa do povo de Israel. “Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia” (Dn 10.13). Neste mesmo sentido, o versículo 21 fala de “... Miguel, vosso príncipe”.
 Miguel, diferentemente dos demais anjos, é descrito no Novo Testamento como um arcanjo, “Miguel o arcanjo” (Jd 9), o vocábulo oriundo do grego Arkhangelos, de arkhoo, “governo, chefe, líder”, angelos, “anjo mensageiro”, e significa “líder ou chefe os anjos”.
 Apesar de apenas Miguel ser citado na Bíblia como arcanjo, é temeroso afirmar que existe apenas um arcanjo. No livro de Daniel, Miguel é citado como um dos primeiros príncipes (Dn 11.13), quer dizer que podem haver outros iguais a ele. Talvez venha a ser Miguel aquele a falar na segunda vinda de Senhor: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.” (I Ts 4.16). Em Apocalipse 12.7-9 aprendemos mais sobre a capacidade de comandar e guerrear do arcanjo Miguel: “E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele".
 QUERUBINS
O vocábulo Kerubiym é a forma plural do hebraico Kerub. Seu correspondente grego é Kheroubin. Não se sabe ao certo se este termo significa uma posição especial ou um serviço exaltado rendido por aqueles que levam este nome.
 Aparecem pela primeira vez na entrada do Jardim do Éden, incumbidos de guardar o caminho para a árvore da vida depois que o homem foi expulso do jardim (Gn 3.24). Uma função semelhante foi creditada aos dois querubins dourados, sobre a Arca da aliança, no Santo dos Santos do Tabernáculo no deserto, embora em figuras de ouro, foram postos em cada extremidade do propiciatório (a tampa que cobria a Arca no santíssimo lugar – Ex 25.17-22; Hb 9.5), onde simbolicamente protegiam os objetos guardados na Arca e proviam com suas asas estendidas, um pedestal visível para o trono invisível de Deus (Sl 80.1; 99.1).
 Também foram bordados querubins nas cortinas do tabernáculo, bem como estampados nas paredes do Templo (Êx 26.31; 2Cr 3.7).
 Profeta do cativeiro babilônico, Ezequiel se refere a esses seres chamando-os pelo seu título dezenove vezes. Os quatro seres viventes mencionados pelo profeta são querubins (Ez 1.5, 13-15; 3.13; 10.14-15).
 O principal propósito deles é proclamar e proteger a gloria, a soberania e a santidade de Deus. Severino Pedro nos informa que existe uma característica dupla nesses seres viventes denominados querubins: “Eles são chamados de querubins” e como tais desempenham dupla função, isto é, são guardas celestiais (Gn 3.24), e ao mesmo tempo eles desempenham a função de serafins (os componentes do coro angelical) que clamam dia e noite: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos: toda terra está cheia da sua glória” (Is 6.1-6; Ap 4.8).
 Satanás pertencia a essa classe de seres espirituais conforme implícito no texto de Ezequiel 28.14-16: “Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniquidade em ti. Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim guardião, do meio das pedras afogueadas”.
 SERAFINS
O termo hebraico Serafiym é a forma plural de Saraf, que significa “abrasadores”.
 A única menção a esses seres celestiais nas Escrituras Sagradas localiza-se no livro do profeta Isaías (Is 6.3). São vistos pelo profeta como colocados sobre o trono de Deus, tendo cada um seis asas. Ocupam-se do louvor a Deus.
 ANJO DO SENHOR
Um ensino de grande importância, que por sua vez causa muita confusão entre os cristãos, está estritamente relacionado com as aparições de um anjo denominado “Anjo do Senhor”. A maneira pela qual esse anjo é descrito distingue-o de qualquer outro ser criado. Este anjo aparece inúmeras vezes no Antigo Testamento. Vale lembra que a palavra anjo significa simplesmente “mensageiro”. Porém, encontramos várias passagens na Bíblia onde o Anjo do Senhor é chamado de “Deus” ou “Senhor”. Confira em: Gn 22.9-12; 32.20; Êx 3.2-4; Jz 6.21-24; 13.16-22.
 O Anjo do Senhor apareceu a Hagar quando esta fugia da casa de Abraão (Gn 16.7-14). Quatro vezes nesta passagem a expressão “Anjo do Senhor” é usada, mas no versículo 13 lemos: “E ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava: Tu és Deus que me vê; porque disse: Não olhei eu também para aquele que me vê?” Hagar reconheceu esse “Anjo do Senhor” como o próprio Deus.
 Ele aparece a Abraão quando este ia sacrificar seu filho Isaque (Gn 22.11-18). Foi Deus que ordenou a Abraão o sacrifício de seu filho e, quando ele levantou a faca para matá-lo “O anjo do SENHOR lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho.” O “me” refere-se inegavelmente a Deus.
 Ele aparece a Moisés na sarça ardente, mas que não se consumia (ex 3.2-5). Nesta passagem, lemos no versículo 2 “Apareceu-lhe o Anjo do Senhor numa chama de fogo no meio de uma sarça...”. No versículo 4 esta mesma pessoa é chamada de “Deus”: “... Deus do meio da sarça, o chamou, e disse: Moisés, Moisés...”
 Ele se manifestou a Gideão enquanto este malhava o trigo no lagar, ocultando-se dos midianitas (Jz 6.11-23). No versículo 12 lemos sobre o “Anjo do Senhor” aparecendo a Gideão. No versículo 14 é dito: “Então se virou o Senhor para ele e disse: vai nessa tua força...”
 Em Juízes 13.2-23, temos várias descrições de visitas do “Anjo do Senhor”, “Anjo de Deus” e “homem de Deus” a Manoá e sua mulher. Essas expressões são usadas doze vezes sobre esse alguém, mas no versículo 22, lemos: “Disse Manoá a sua mulher: Certamente morreremos, porque vimos a Deus.”
 O livro de 2 Reis 19.35 recapitula como o Anjo do Senhor destruiu em uma Noite 185.000 soldados assírios, quando este exército sitiou Jerusalém.
 Analisando essas passagens das Escrituras, uma das principais autoridades sobre história dos judeus, línguas e costumes do Antigo Testamento, Charles L. Feinberg, afirma que o “Anjo do Senhor” é a auto-revelação de Deus. Ele é o Senhor em pessoa, o Anjo do Senhor da história do Antigo Testamento é o Cristo pré-encarnado das muitas teofanias (manifestação de Deus) nos livros do Antigo Testamento.
 Não se pode evitar a conclusão de que este Anjo misterioso não é outro senão o Filho de Deus, o Messias, o Salvador do Mundo, Jesus Cristo.

 CONCLUSÃO
Aos humanos não é dado poder ou autoridade sobre os anjos. Quer dizer que nós não podemos fazer pedido ou dar ordens aos anjos, eles obedecem apenas a Deus. É Deus quem dá ordens aos anjos a nosso respeito. É Deus quem ordena aos seus anjos para nos guardarem (Sl 91. 10-12).

Versículos para fixação:
E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;
2 Tessalonicenses 2:8
Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito.
Romanos 8:5
E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos;
Apocalipse 12:7
Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.
João 16:33
Se tu deixares de livrar os que estão sendo levados para a morte, e aos que estão sendo levados para a matança; Prov 24:11

Estudo feito por Christianne Ravagnani

Nenhum comentário:

Postar um comentário