quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Trindade




União em Ações e Funções Específicas.

A- Toda a ação de Deus envolve as três pessoas da Trindade. - Toda a Trindade está envolvida no processo de salvação. Por exemplo: batismo de Jesus, na encarnação dEle e na cruz.

B- Apesar de agirem em uma só ação, cada Pessoa da Trindade possui uma função diferente no plano de salvação. Ex. O Pai é a fonte de salvação; o Filho o executor e o Espírito Santo o mantenedor. (O que mantém, sustenta ou defende alguém).

C- Falar em 3 pessoa diferentes na Trindade é diferente de como as pessoas humanas são distintas entre si.
- A Trindade sempre age em um só propósito, mas no plano da nossa salvação assumiu diferentes funções.
- Cada Pessoa da Trindade tem o mesmo poder, e cada um é Deus como o outro. Têm individualmente e em conjunto Onipresença, Onipotência e Onisciência.
- As três Pessoas da Trindade estão em união e individualmente interessadas na minha e na sua salvação.
Cada Pessoa da Divindade tem uma função específica no plano de salvação (e na criação). E, no atender as orações, também.

O Pai atende nossas orações (Mt 7:7-11). Jesus também atua nesse sentido, pois é nosso intercessor. Porém, Ele é a garantia de que seremos atendidos (Jo 14:13; 1Tm  2:5). Já o Espírito Santo é Quem nos ajuda a orarmos corretamente (Rm 8:26).
Somente Três Pessoas Divinas poderiam estar envolvidas intimamente em algo tão importante quanto a oração. Só Deus conhece os pensamentos (1 Rs 8:39), ao ponto de poder “ouvir” o que está em nossa mente. Sendo que o Espírito Santo é Deus (At 5:3, 4), Ele sabe nossos pensamentos e também está intimamente envolvido no processo de oração.
Mesmo que seja costume orar ao Pai em nome do Filho, isso não significa que dirigir uma prece a um dos membros da Divindade (inclusive ao Espírito Santo) seja errado. Vou apresentar alguns motivos:
1) O fato de cada membro da Trindade ter a Sua função não torna um mais importante do que o outro, ou, “menos Deus” do que o outro. Sendo que essencialmente não há diferença entre as Três Pessoas do “Trio Celestial”, não seria idolatria orar a Jesus ou ao Espírito Santo. Jesus até orientou-nos a orarmos também diretamente a Ele: “Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”. João 14:14 (grifo meu). Vemos na Bíblia servos de Deus orando diretamente a Jesus: Estêvão (At 7:59); Paulo (1Co 16:22) e João (Ap 22:20).
2) A função que cada membro da Divindade possui no plano de salvação (e na criação) não os torna limitados de modo que um não possa fazer o que o outro faz. Exemplo disso podemos ler nas palavras de Cristo em João 5:21: “Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer”. João 5:21*.
3) Judas 1:20 e 21 coloca o Espírito Santo numa posição privilegiada em relação a Deus Pai e a Deus Filho no que diz respeito à oração. Afirma que devemos orar no Espírito Santo: “Edifiquem-se, porém, amados, na santíssima fé que vocês têm, orando no Espírito Santo. Mantenham-se no amor de Deus, enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna”. O fato de o Espírito ser mencionado primeiro e estar intimamente ligado à oração do crente sugere a autoridade do Espírito também neste assunto.
[*Nota: Em João 5:19, Jesus diz que o não podia fazer nada de si mesmo se o Pai não o fizesse. Devemos lembrar que o Salvador disse isso na Sua condição de encarnado. Na encarnação Jesus “esvaziou-se de Sua divindade” (Fp 2:5-8) para lutar contra o pecado contando com o poder do Pai e a ajuda do Espírito Santo. Isso era importante para que Deus pudesse provar que Adão e Eva poderiam ter vencido a tentação no Éden, sendo obedientes a Sua lei. Todavia, mesmo dependendo do Pai quando havia se tornado ser humano, Jesus nunca deixou de ser Deus no mais pleno sentido, Isso se confirma em  (ver Cl 2:9; Hb 1:8).]
O único Deus (“Ele”) é também, e igualmente, “Eles” e “Eles” estão sempre juntos, sempre atuando em estreita cooperação. O Espírito Santo executa tanto a vontade do Pai quanto do Filho, que é também a Sua vontade.
Algumas pessoas têm dificuldades com a questão da divindade de Cristo porque, enquanto Jesus viveu na Terra, em carne, Ele foi submisso à vontade do Pai. Muitos veem isso como “prova” de que Ele era de alguma forma menor do que o Pai. Essa realidade, no entanto, não refletia a estrutura interna da Divindade. Essa subordinação refletia, ao contrário, a maneira pela qual o plano da salvação devia operar. Jesus devia assumir a humanidade, tornando-Se “obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2:8). Além disso, “embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-Se o Autor da salvação eterna para todos os que Lhe obedecem” (Hb 5:8, 9). Essas declarações revelam que a função de subordinação desempenhada por Jesus foi consequência da encarnação, que foi fundamental para o plano da salvação. Elas não provam que Ele tenha sido outra coisa, senão totalmente divino e eterno.
Entender que há uma Trindade e que ela tem uma natureza é vital para a compreensão do conceito de redenção. Somente Deus encarnando como um homem, o Filho de Deus, poderia ter redimido a raça humana do pecado uma vez que Deus por Si só não tem pecado. Se Jesus fosse um grande professor ou um grande profeta, isto não teria sido suficiente para a salvação da humanidade porque um grande professor ou profeta permanece humano e, portanto, está manchado com o pecado original. Se um simples homem tivesse morrido na cruz o abismo entre o homem e Deus não teria sido transpassado e nós não teríamos a oportunidade da vida eterna. Em outras palavras, a salvação vem de cima, de Deus, não debaixo, do homem. Muitos homens morreram em cruzes, mas quando o Filho de Deus morreu na cruz Ele tomou sobre Si os pecados do mundo.
"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós..." (João 1:14) descreve a encarnação de Deus como homem. Jesus confirma isso ao dizer, "Eu e o Pai somos um" (João 10:30). "Quem me vê a Mim, vê o Pai" (João 14:9).
"Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em Mim; crede ao menos por causa das minhas obras" (João 14:11).
O Espírito Santo é Deus, a terceira pessoa da Trindade que é Deus. O livro de Atos 5:3-4 nos dá uma percepção deste relacionamento. Pedro disse, "Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentistes aos homens, mas a Deus". Mentir para o Espírito Santo é o mesmo que mentir para Deus, de modo que o Deus e o Espírito Santo são um.
Na medida em que cremos e confiamos em Jesus, entramos no relacionamento vibrante e dinâmico com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. "Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis porque eu vivo, vós também vivereis. Naquele dia, vós conhecereis que Eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e Eu, em vós. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai; e Eu também o amarei e Me manifestarei a ele" (João 14:19-21).
João Batista disse a respeito de Jesus, "Aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias eu não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mateus 3:11). Jesus nos diz que Ele nos enviará o Consolador ou Ajudador nomes pelos quais o Espírito Santo também é chamado (João 15:26). Se nós O amarmos, Ele rogará ao Pai e o Pai nos dará o Consolador que jamais nos deixará (João 14:16).

ASSOCIAÇÕES BÍBLICAS ENTRE O PAI, FILHO E ESPÍRITO:

Em 2 Coríntios 13:13 Paulo envia a seguinte saudação: "Todos os Santos vos saúdam. A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do espírito Santo sejam com todos vós”.
O Espírito trabalha na Igreja. Em 1 Coríntios 12:4-6 Paulo ensina, "Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos. A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso”.
Em Efésios, capítulo 4:4-6, Paulo proclama, "Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da nossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos”.

INTERAÇÃO NA REDENÇÃO

Na redenção do homem caído, deturpado pelo pecado, os membros da Trindade mostram a mesma DISTRIBUIÇÃO DE TAREFAS. Novamente, o Pai está por trás dos planos; Efésios 1.3-5 nos revela isto ao declarar que o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus nos elegeu e predestinou em Cristo para sermos filhos de adoção.
Predestinar é destinar de antemão, é traçar um plano, um alvo. É aqui que começou a redenção com o Pai, na eternidade; não foi na cruz. A cruz foi parte do cumprimento do plano; Paulo diz a Timóteo que Deus nos salvou segundo o seu próprio propósito e graça antes dos tempos eternos, mas a salvação só chegou aos homens após o aparecimento de nosso Senhor Jesus (2 Tm 1.9,10).
Jesus colocou-se como voluntário para encarnar como homem e morrer por cada um de nós. Esta voluntariedade é atestada pelo próprio Jesus quando afirmava que Ele mesmo dava sua vida (Jo 10.17,18) e por Paulo que afirmou acerca do Mestre bendito: “o qual se deu a si mesmo por nós” (Gl 1.4).
A parte de Jesus se resume na encarnação, morte, ressurreição, ascensão e sacerdócio (Hb 7.25).
O Pai planejou a redenção. O Filho pagou o preço e tornou-a disponível. Mas quem fará com que tudo isto se torne realidade na individualidade de cada ser humano?
É o Espírito Santo! Sem Ele, a obra da redenção não é completa.
O PAPEL DO ESPÍRITO SANTO NA REDENÇÃO

O arrependimento começa no homem por uma ação divina. Sabemos disto porque Paulo disse aos romanos que é a bondade de Deus que nos conduz ao arrependimento (Rm 2.4). E quem está por trás disto? É o Espírito Santo; Jesus disse: “quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça, e do juízo” (Jo 16.8). Após o arrependimento, quando o homem exerce a fé em Jesus e na obra da cruz, é o Espírito Santo quem faz com que isto se torne realidade nele.
Por isso se diz que ao nascer de novo, o homem é nascido do Espírito (Jo 3.6). E na carta a Tito lemos acerca do lavar da regeneração do Espírito Santo (Tt 3.5), o que mais uma vez aponta para a atuação do Espírito na aplicação da redenção no homem.
Mas isto é apenas o começo. O reino de Deus tem três etapas básicas pelas quais o homem deve passar: porta, caminho, e alvo. A porta é a entrada por meio de Jesus Cristo. O alvo é a chegada à estatura do varão perfeito e à glória celestial.
E entre a porta e o alvo, o que restou é o caminho. O Espírito Santo não apenas nos faz passar a porta, mas é quem leva-nos até o alvo, e para isto usa o caminho.
O caminho é o período onde experimentaremos o tratamento de Deus em nós na vida cristã; é o meio pelo qual se vai ao alvo. E tudo isto é responsabilidade do Espírito Santo; é Ele quem nos transforma de glória em glória na imagem do Senhor (2 Co 3.18), produz em nós seu fruto (Gl 5.22,23), e nos leva a andar e viver n’Ele (Gl 5.25).
A Nova Aliança é chamada por Paulo de o ministério do Espírito (2 Co 3.8), mostrando-nos seu papel de produzir em nós a obra de Deus. O Espírito Santo veio concluir a obra da redenção; é por isso que Ele está em nós.
Estes princípios devem nos levar a uma comunhão mais íntima com Deus, uma vez que entendemos a necessidade de se entregar plenamente ao Espírito Santo em nosso andar em Deus.
Para entender a Trindade, o ensino de Jesus em João 14 é bastante revelador.
1. Jesus Cristo é o caminho para o Pai. O diálogo com seus discípulos traz esta afirmação clara. E vós sabeis o caminho para onde eu vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (versos 4-6).
Enquanto na terra, Jesus se subordinou ao Pai. A Sua vontade era a do Pai. Quando ainda estava no conselho celeste, Ele não teve dúvidas em abrir mão da Sua divindade para que pudessem ser salvos (Filipenses 2.1-6).
2. Conhecemos o Pai conhecendo a Jesus Cristo. Quem o vê vê o Pai. Se vós me tivésseis conhecido, conheceríeis também a meu Pai. Desde agora o conheceis e o tendes visto (vrso 7).
3. O Pai e o Filho formam uma unidade. Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras. (versos 10a, 11). Jesus esclarece ainda mais esta unidade, quando afirma, mais adiante, que tudo quanto o Pai tem Lhe pertence (João 16.15).
Por constituírem uma unidade, o Pai realiza sua obra salvadora por meio do Filho. As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras (verso 10b).
 O Espírito Santo é um presente do Pai e do Filho para nós. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco (verso 16). Este Espírito já está conosco, convencendo-nos do erro e nos mantendo de pé. Ele habita conosco (verso 17).
4. Cada Pessoa da Trindade tem funções específicas. A do Pai é coordenar, a do Filho é salvar e a do Espírito Santo é defender. Poderosamente e ensinar convincentemente. (João 16.8-11). As três pessoas conjugam esforços para a realização do propósito divino. O Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito (verso 26).
Esta divisão nós a vemos claramente na oração. Devemos pedir ao Pai em nome do Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei (verso 14). O apóstolo Paulo complementa, quando garante que Jesus intercede e o Espírito Santo interpreta as nossas orações.

 Gisele

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