O que é
submissão?
Este vocábulo tornou-se pejorativo em nossa sociedade. Parece um
“palavrão” que indica fraqueza e inferioridade. Vejamos, porém, um exemplo
bíblico da verdadeira submissão:
"Aonde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que pousares, ali
pousarei eu; o teu povo será o meu povo, o teu Deus será o meu Deus. Onde quer
que morreres, morrerei eu, e ali serei sepultada" (Rt. 1.16-17). Foram
palavras de Rute para sua sogra quando ambas ficaram viúvas.
O texto nos apresenta um exemplo de sujeição voluntária.
Rute colocou as metas de Noemi como suas. Ela decidiu ficar, quando era livre
para ir embora. Demonstrou apego, fé, confiança e, antes de tudo, amor,
produzindo um compromisso forte, um vínculo definitivo.
A melhor forma de submissão é aquela que acontece por amor e não
pela força. Certamente, Noemi era uma pessoa amorosa, que tratava bem a sua
nora. Assim, a submissão tornou-se um prazer e não um sacrifício.
É importante ressaltar que Noemi não possuía coisa alguma para dar
a Rute. Portanto, era um amor incondicional, sem interesses materiais.
Na citada declaração, somente a pessoa de Deus estava definida, e nada mais.
Não estava certo onde seria a pousada, como seria o povo, onde aconteceria a
morte ou o local da sepultura. Muitas pessoas só se submetem quando têm todas
as informações e todos os detalhes do que será feito. Rute sabia que podia
confiar em Deus e na experiência da sogra para conduzir sua vida. A submissão é
uma atitude que produz atos de obediência. Na sequência do relato, Noemi
orientou Rute em sua aproximação de Boaz, que viria a ser seu marido, tirando
ambas da miséria em que viviam.
Noemi tinha outra nora, chamada Orfa. Ela poderia também ter-se
apegado à sua sogra, mas não o fez. Preferiu ir embora sozinha, voltar à sua
terra e aos seus deuses (Rt1.14-15). Esta é a última informação que temos a seu
respeito. Seu nome nunca mais foi mencionado no relato bíblico.
Rute, porém, casou-se com Boaz e teve um filho chamado Obede. Este
gerou a Jessé, que foi o pai do rei Davi. Daquela descendência, muitos séculos
depois, nasceu o Senhor Jesus (Mt.1.1-5). Se a submissão fosse trocada pela
independência, esta história não aconteceria ou, no mínimo, Deus escolheria
outros personagens.
A submissão cria vínculos necessários às grandes realizações. Cada
um de nós, sozinho, nunca será capaz de fazer grandes coisas. Cada pessoa
precisa de autonomia em algum nível, mas a independência plena conduz à solidão
e ao fracasso.
“Busca o
seu próprio desejo aquele que se separa; ele insurge-se contra a verdadeira
sabedoria” (Pv.18.1).
Não vamos defender todo e qualquer tipo de sujeição, pois existem
abusos e explorações neste mundo. Entretanto, não podemos ignorar o ensino
bíblico sobre a submissão, pois a sua falta tem destruído vidas e famílias (Ef.5.22-25;
Ef.6.1-9).
Diante da atitude de Rute, Noemi
parece ter feito da felicidade da nora o objetivo de sua vida. Assim farão os
melhores líderes, e a estes sempre vale a pena servir.
O Papel da Esposa
Quando Deus criou o
casamento em Gênesis, deixou claro que não se trata de uma união entre um homem
e uma mulher apenas para que os dois sejam felizes e tenham algum tipo de
benefício pessoal. Mas vemos que Deus criou a mulher para que esta fosse uma
auxiladora, ou seja, que ajudasse o homem a cumprir a missão que Deus havia
dado à humanidade. Então, o casamento é a união entre um homem e uma mulher
para que estes se ajudem mutuamente a cumprir a missão de glorificar a Deus.
No entanto, o que
vemos hoje é que se tornou cada vez mais comum a existência de casamentos que
são marcados por constantes brigas e discussões entre o casal. Em vez de um
cooperar com o outro, cada um quer fazer as coisas do seu jeito; cada um quer
seguir o seu caminho. O resultado é um casamento que não glorifica a Deus, e
também o fim do casamento, o que está se tornando algo cada vez mais comum.
Por isso,
precisamos buscar na Palavra de Deus qual é o papel do marido e da esposa, de
modo que cada um possa ajudar ao outro e dar sua contribuição para o casamento.
Vejamos, neste estudo, qual é o papel da esposa.
Texto: 1 Pedro 3.1-6
Do mesmo modo,
mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, a fim de que, se ele não obedece à
palavra, seja ganho sem palavras, pelo procedimento de sua mulher, observando a
conduta honesta e respeitosa de vocês. A beleza de vocês não deve estar nos
enfeites exteriores, como cabelos trançados e jóias de ouro ou roupas finas. Ao
contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num
espírito dócil e tranqüilo, o que é de grande valor para Deus. Pois era assim
que também costumavam adornar-se as santas mulheres do passado, que colocavam
sua esperança em Deus. Elas se sujeitavam cada uma a seu marido, como Sara, que
obedecia a Abraão e o chamava senhor. Dela vocês serão filhas, se praticarem o
bem e não derem lugar ao medo.
Entre os cristãos a
quem Pedro estava escrevendo estava acontecendo algo: algumas mulheres casadas
estavam se convertendo. Naquela época, quando uma mulher tomava uma decisão,
ela não podia esperar que o marido a seguisse, porque o marido era
indiscutivelmente a autoridade na família. Era ele quem dava a direção ao casal
e ao resto da família e não a mulher. O que provavelmente estava acontecendo é que
algumas mulheres se converteram e estavam querendo convencer (conquistar –
através de palavras) os maridos a seguir a mesma fé.
Porém, o texto de
Pedro nos mostra que a mulher contribui para a glória de Deus através de um
relacionamento submisso ao seu marido.
Vejamos como a
submissão pode contribuir para um casamento forte, que glorifica a Deus.
1.
A submissão ao marido segue o PADRÃO DE DEUS
para o casamento (v.1a).
O texto nos mostra o
padrão de Deus para as mulheres dentro do casamento. Reparem que o texto começa
com a expressão “do mesmo modo”, ou seja, da mesma forma que os cristãos devem
se submeter às autoridades e os servos aos seus senhores (veja o contexto
anterior), a mulher também deve ser submissa ao marido.
Existem vários
outros textos bíblicos que mostram que o padrão de Deus para a mulher dentro do
casamento é a submissão (Gn 3.16; 1 Co 11.3; 14.34; Ef 5.22-24; Cl 3.18; 1 Tm
2.11,12; Tt 2.5).
Veja o que diz 1 Co
11.3:
"Quero, porém, que entendam que o cabeça de todo homem é
Cristo, e o cabeça da mulher é o homem, e o cabeça de Cristo é Deus." 1 Co 11.3
Mas submissão não
significa ser inferior ao homem, ou que a mulher tem menos valor dentro da
família, mas sim que, dentro do lar, o marido foi colocado por Deus como sendo
a autoridade final.
E podemos perceber
isso até mesmo dentro da Trindade. Temos três pessoas distintas: Pai, Filho e
Espírito Santo. Os três são igualmente Deus, mas, no entanto, existe uma
hierarquia de autoridade entre Eles, na qual o Pai está acima. O fato de Jesus
estar abaixo nesta hierarquia não significa que Ele é menos Deus, ou menos
importante. O mesmo se aplica à mulher dentro do casamento.
A nossa sociedade
afirma que todos os seres humanos são iguais perante a lei. Não existe alguém
que tenha mais valor do que outro. No entanto, existe diferença de autoridade
entre as pessoas. Um juiz, como pessoa, possui o mesmo valor do que eu, mas por
causa de sua função, ele tem autoridade sobre mim, e eu devo me submeter a ele.
É isso que ocorre dentro do casamento.
Esta diferença de
autoridade não é algo cultural, pertencente a uma sociedade machista, mas é
algo para hoje, no século XXI, pois foi algo estabelecido por Deus na criação,
numa época em que ainda não existia cultura:
Deus criou a mulher
para auxiliar o homem no cumprimento de sua missão (Gn 2.18);
"Então o SENHOR Deus declarou: "Não é bom que o homem
esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda". Gn 2.18
A mulher tomou a iniciativa na direção do casal (Gn 3.6)
Quando a mulher viu
que a árvore parecia agradável ao paladar, era atraente aos olhos e, além
disso, desejável para dela se obter discernimento, tomou do seu fruto, comeu-o
e o deu a seu marido, que comeu também.
O padrão de Deus
foi desvirtuado pelo pecado (a mulher não seria mais amorosamente liderada, mas
opressivamente dominada – Gn 3.16)
"À mulher, ele declarou: "Multiplicarei grandemente o
seu sofrimento na gravidez; com sofrimento você dará à luz filhos. Seu desejo
será para o seu marido, e ele a dominará".
Gn 3.16
Deus responsabiliza
o homem pelo pecado e pelo abandono da liderança, apesar da iniciativa do
pecado ter sido da mulher (o líder responde pelo grupo que lidera – Gn 3.9,17).
Mas o SENHOR Deus chamou o
homem, perguntando: "Onde está você?"
"E ao homem declarou: "Visto que você deu ouvidos à sua
mulher e comeu do fruto da árvore da qual eu lhe ordenara que não comesse,
maldita é a terra por sua causa; com sofrimento você se alimentará dela todos
os dias da sua vida." Gn 3.9,17
Um funcionário de
uma empresa que possui grande autoridade vai ser mais cobrado do que aqueles
que estão abaixo dele. Se eu sou o líder de um grupo de pessoas e tenho sob
minha responsabilidade um determinado projeto, se fracassar eu responderei por
isso diante dos meus chefes. A mesma coisa acontece na família. É o líder da
família que irá responder diante de Deus pelo que aconteceu dentro do lar. Se
pensarmos desta maneira, a submissão não é algo tão ruim assim.
Mulheres, vocês
podem glorificar a Deus através do seu casamento obedecendo ao padrão Deus para
vocês, que é a submissão. Vejamos algumas sugestões de como as esposas podem
fazer isso:
- as decisões devem ser
conjuntas, mas em caso de divergência a decisão final é do marido;
- consultem seus maridos
antes de tomar uma decisão;
- evite criticar de maneira
áspera as decisões do marido;
- fale para seu marido
aquilo que você espera dele como líder, não espere que ele adivinhe sua
vontade;
- não se rebele diante das
decisões de seu marido, a menos que tenha um bom motivo.
A submissão ao marido é um BOM TESTEMUNHO (v.1b,2).
Do mesmo modo,
mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, a fim de que, se ele não obedece à
palavra, seja ganho sem palavras, pelo procedimento de sua mulher, observando a
conduta honesta e respeitosa de vocês.
Pedro mostra que a
submissão é um bom testemunho. O marido descrente não é alcançado por palavras,
mas por um comportamento transformado. É o modo de vida da esposa ganhando o
marido para a fé sem a necessidade de palavra alguma. Desse modo a esposa
consegue dar testemunho de sua fé e ao mesmo tempo permanecer submissa ao
marido.
Naquele contexto,
quando o marido se convertia, toda a família seguia a mesma decisão por causa
de sua autoridade no lar. Por outro lado, quando uma mulher se convertia, ela
não poderia contar com o fato de que o marido tomasse a mesma decisão.
Um perigo que poderia acontecer é uma
mulher se converter e querer convencer o marido a fazer o mesmo. Isso seria uma
demonstração de insubmissão, pois a esposa estaria conduzindo o casal. Por isso
Pedro fala para o mulher não tentar convencer o marido através de palavras, mas
através de uma vida transformada que pudesse convencer o marido de que a nova
fé da esposa realmente era verdadeira. Existe outra forma de se evangelizar
alguém, mesmo sem o uso excessivo de palavras. E o segredo apontado por Pedro
é: “você pode ganhar seu marido através de seu comportamento”. A submissão é,
portanto, uma forma de testemunho.
A Bíblia mostra (Gn
3.16) que um dos efeitos do pecado seria o desejo da mulher dominar o seu
marido. A carta aos Efésios mostra que os efeitos do pecado só são revertidos
quando estamos cheios do Espírito Santo. Desse modo, uma esposa submissa ao
marido dá testemunho de ser uma mulher que tem uma vida de intimidade com Deus.
Mas se você já tem um marido cristão, como aplicar isso à sua
vida? O foco de Pedro está na tentativa da mulher em convencer o marido e
conduzir o casal e a família. Mas as esposas podem aplicar isso às suas vidas
de várias formas:
Como você tenta
convencer seu marido de alguma coisa? Você insiste no seu ponto de vista até
ele se cansar e fazer o que você quer?
Você age de forma
independente, sem consultar o seu marido? Como hoje as mulheres são mais
independentes financeiramente, podem simplesmente fazer o que quiser sem se
importar com a opinião do marido
A Bíblia ensina que
você não deve fazer isso. Deixe seu marido liderar! É claro que a mulher tem o
direito de dar sua opinião e de tomar muitas decisões sobre vários assuntos.
Mas cuidado para não se tornar insubmissa.
3.
A submissão ao marido demonstra um CORAÇÃO
TRANSFORMADO (vv.3-6).
A beleza de vocês
não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e jóias de ouro
ou roupas finas. Ao contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza
demonstrada num espírito dócil e tranqüilo, o que é de grande valor para Deus.
Pois era assim que também costumavam adornar-se as santas mulheres do passado,
que colocavam sua esperança em Deus. Elas se sujeitavam cada uma a seu
marido,...
A beleza da mulher
deve ser interior e não apenas exterior. O mundo enfatiza apenas a beleza
física, mas a Palavra de Deus destaca o coração. As mulheres de nossos dias
estão cada vez mais preocupadas com a forma física (botox, peeling,
lipoaspiração, plástica, cosméticos, academias, etc.), mas também estão cada
vez mais vazias em seu interior, pois se preocupam apenas com a aparência e
deixam de lado a vida espiritual. Como as mulheres cristãs estão se produzindo
para os seus maridos? Com o que estão contribuindo para o relacionamento
conjugal? O apóstolo Pedro diz que não é no aspecto exterior que deve estar a
beleza da mulher, mas no seu interior.
O texto mostra que
a beleza interior a que Pedro se refere está intimamente ligada à submissão. As
mulheres santas do passado, que tinham esta beleza interior, eram submissas.
Além disso, o texto
bíblico mostra duas características que devem estar presentes neste coração
transformando: mansidão e tranqüilidade. A palavra mansidão usada aqui,
transmite a ideia de aceitar sem disputar ou resistir. Muitas vezes é difícil
para uma esposa aceitar a liderança do marido sem resistir, especialmente se o
marido for um mau líder. Lembrem-se sempre de uma coisa: você não pode mudar
seu marido! A única coisa que você pode fazer é mudar você mesma e a forma como
você reage a seu marido. Boa parte dos conflitos nos relacionamentos está no
fato de que as pessoas tentam mudar as outras e não a si mesmas. Mudar a nós
mesmos está ao nosso alcance, mas mudar ou outros é algo que depende deles e de
Deus.
O exemplo de Sara
1Pe 3.6-como Sara,
que obedecia a Abraão e o chamava senhor. Dela vocês serão filhas, se
praticarem o bem e não derem lugar ao medo.
Pedro cita o
exemplo de Sara, que chamou seu marido de senhor. A palavra usada por Sara em
Gn 18.12 é adonai, que significa senhor, mestre, autoridade e que muitas vezes
é aplicada ao próprio Deus.
"Por isso riu consigo
mesma, quando pensou: "Depois de já estar velha e meu senhor já idoso,
ainda terei esse prazer?" Gn 18.12
Qual é a sua ênfase: manter uma boa
aparência ou desenvolver um coração transformado por Deus? A verdadeira beleza
da mulher está num coração submisso.
Vivemos numa época em que a submissão
é vista como algo humilhante, fruto de uma sociedade machista. E o que vemos
cada vez mais são mulheres e homens fora do papel que Deus lhes deu dentro do
casamento. As pessoas se orgulham da liberdade que conquistaram, mas os
resultados disso valeram a pena? (conflitos, divórcio, famílias destruídas e a
glória de Deus no casamento está sendo afetada). Deus tem algo muito melhor
para nós e as esposas têm um papel fundamental nisso (assim como o homem).
Sejam submissas, pois esta é a vontade de Deus!
A
Esposa Deve Submeter-se a Seu Esposo?
Este é um assunto muito importante em
relação ao casamento e também à vida cotidiana. Deus estabeleceu o ato de
submissão em Gênesis. No começo, por não haver pecado, não havia autoridade
para o homem obedecer exceto a autoridade de Deus. Quando Adão e Eva
desobedeceram a Deus, o pecado entrou no mundo e então foi preciso autoridade.
Por isso, Deus estabeleceu a autoridade necessária para que fossem cumpridas as
leis da terra e também para que tivéssemos a proteção que precisávamos.
Primeiro, precisamos nos submeter a Deus, que é a única forma de
verdadeiramente obedecermos a Ele (Tiago 1:21 e Tiago 4:7). Em I Coríntios
11:2-3 lemos que o marido deve se submeter a Cristo como Cristo se submeteu a
Deus. Então o verso diz que a esposa deve seguir seu exemplo e se submeter a
seu marido. Outros versos sobre Cristo se submetendo a Deus são encontrados em
Mateus 26:39 e João 5:30.
Submissão é a resposta natural da
liderança em amor. Quando o marido ama a sua esposa como Cristo ama a igreja
(Efésios 5:25-33), então a submissão é a resposta natural da esposa a seu
marido. A palavra grega traduzida submeter (Hupotasso) é a forma contínua do
verbo. Isto significa que se submeter a Deus, nossos líderes e nosso esposo não
é uma decisão de um momento apenas. É uma atitude contínua de nossas mentes,
que se torna um padrão de comportamento. A submissão de que se fala em Efésios
5:24 é: “assim como a igreja está sujeita a Cristo”. Este verso está dizendo
que a esposa deve se submeter a seu marido em tudo o que é correto e justo.
Conseqüentemente, a esposa não está sob nenhuma obrigação de desobedecer à lei
ou negligenciar seu relacionamento com Deus.
A mulher foi feita de uma costela retirada do lado de Adão; não feita de
sua cabeça para governá-lo ou de seus pés para ser por ele pisada, mas de seu
lado, para ser igual a ele, sob seu braço para ser protegida e perto de seu
coração para ser amada. A “sujeição” em Efésios 5:21 é a mesma palavra em 5:22.
Os crentes devem submeter-se uns aos outros na reverência de Cristo. Os versos
19-21 são todos resultados da plenitude do Espírito Santo (5:18). Os crentes
plenos do Espírito Santo devem ser adoradores (5:19), agradecidos (5:20) e
submissos (5:21). Paulo então segue sua linha de pensamento em relação a uma
vida plena do Espírito e aplica isto aos maridos e esposas nos versos 22-33.
Submissão à Nossa Liderança
“Obedecei
aos vossos guias e sede submissos para com eles”…(Hebreus 13:17a).
Porque muitos líderes não conseguem
que seus liderados se submetam a sua liderança? Você pode pensar em várias
respostas, quem sabe até mais desculpas do que respostas. É sempre mais fácil
falarmos:
–
“Fulano é insubmisso; não aceita a minha liderança”.
Ou ainda:
–
“As pessoas ainda não me enxergam como líder”…
No entanto, quero enfatizar que creio
que liderança não é dada, e sim conquistada. Nós podemos ver na vida de Davi
que ele nunca reivindicou a sua liderança, nem disse que ele tinha sido ungido
rei. Mas as pessoas reconheceram a sua liderança. E olha que Davi tinha sido
ungido como o homem que ia assumir o trono no lugar de Saul, mas mesmo assim
ele nunca disse isso a ninguém…
Uma das coisas que tenho aprendido no
meu tempo de caminhada com Deus, é que os seus liderados serão aquilo que você
é com o seu líder.
Como você tem se portado não apenas
diante, mas também longe de seu líder? Você tem protegido as costas do seu
líder ou você é o primeiro a atacá-lo quando ele esta longe ou vulnerável?
Preste bem a atenção, não quero ser
redundante, mas preciso enfatizar: o que você tem feito ao seu líder, é o que
os seus liderados farão a você. Você pode achar que estou sendo radical, mas
não, estou sendo bíblico. É o princípio da semeadura e ceifa:
“Não
julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes,
sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também”
(Mateus 7:1,2).
Portanto, quero convidá-lo a observar
e aprender com quatro grandes exemplos bíblicos de fidelidade aos líderes.
Josué
e Moisés
Nosso primeiro exemplo é encontrado na
pessoa e atitudes de Josué. Observe o que as Escrituras dizem:
“Como
ordenara o Senhor a Moisés, seu servo, assim Moisés ordenou a Josué; e assim
Josué o fez; nem uma só palavra deixou de cumprir de tudo o que o Senhor
ordenara a Moisés” (Josué 11:15).
Lembre-se que Moisés já era morto, e
mesmo assim, como diz o texto acima; “nem uma só palavra deixou de cumprir”…
Que coisa maravilhosa! Josué podia ter pensado: “Agora que Moisés é morto vou
implantar o meu próprio estilo de governo. Ele era bom, mas já estava velho, sei
que posso dar um toque de novidade nesse governo”.
Quero enfatizar algo: o que Deus fala
não precisa de retoque, de enfeite algum de nossa parte. Deus é perfeito e
quando Ele nos manda fazer algo, é para fazermos e não para acharmos que
podemos melhorar o que Ele ordenou. Obedecer é não fazer nem mais, nem menos.
Josué mesmo tendo seu líder já morto,
não deixou de cumprir uma única palavra daquilo que lhe foi ordenando. Mas
infelizmente, hoje tem muito liderado que nem espera o seu líder virar as
costas e já está colocando um toque seu naquilo que lhe foi pedido fazer. Ou às
vezes o liderado até acaba fazendo, mas o seu coração está cheio de murmuração,
reclamação. Acaba repetindo aquela história, em que “Joãozinho” não se
levantava quando a professora fazia a chamada, então a professora conversou com
seus pais, que repreenderam Joãozinho. No outro dia quando a professora o
chamou, ele ficou de pé, mas disse consigo mesmo: “Estou em pé por fora, mas
por dentro continuo sentado”.
É assim que muitos se comportam, por
fora são submissos, mas por dentro maldizem seus líderes, murmuram e dizem que
se fossem eles os líderes, fariam diferente. Eles acham que podem fazer melhor,
que aquela não é a maneira certa. E não entendem quando olham para seus
liderados e vêem neles o mesmo tipo de insubmissão.
Você
pode pensar assim: “Um dia eu vou poder fazer tudo do meu jeito, então eles
verão quem tem razão”. Atente para o que vou te dizer agora; você sabia que
vontade de andar sozinho e poder decidir tudo por si próprio não é sinal de
maturidade? A Palavra de Deus é quem declara isto:
“O
solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira
sabedoria” (Provérbios 18:1).
Quanto mais você cresce diante de
Deus, e quanto mais você O conhece, mais vai querer responder a alguém e estar
debaixo da liderança de alguém, estar servindo. Pois ser servo é um segredo.
Arão,
Hur e Moisés
Nosso segundo exemplo é encontrado em
Arão e Hur. Observe o que a Palavra de Deus nos revela:
“Fez
Josué como Moisés lhe dissera e pelejou contra Amaleque; Moisés, porém, Arão e
Hur subiram ao cimo do outeiro. Quando Moisés levantava a mão, Israel
prevalecia; quando, porém, ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque. Ora, as
mãos de Moisés eram pesadas; por isso, tomaram uma pedra e a puseram por baixo
dele, e ele nela se assentou; Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos, um, de um
lado, e o outro, do outro; assim lhe ficaram as mãos firmes até ao pôr-do-sol.
E Josué desbaratou a Amaleque e a seu povo a fio de espada” (Êxodo 17;10-13).
Aqui vemos um líder cansado. E seus
liderados percebem isso, e vão ao auxilio dele; e sustentam as suas mãos até
que a guerra seja ganha. Que coisa tremenda! Mas este quadro nem sempre se
repete em nossos dias… Quantos hoje estão torcendo para que o seu líder se
canse rápido a fim de tomar o seu lugar!
Arão e Hur colocaram a pedra em baixo
de Moisés, mas hoje muitos querem colocar a pedra em cima! Deus te chamou para
ser como Arão e Hur, sustentar seu líder, poder olhar nos olhos dele e dizer:
“Estou aqui para o que der e vier, conte comigo, quero lavar seus pés”. Não é
fácil encontrarmos isso hoje em dia, todos querem ser líderes, mas nem todos
gostam de servir, preferem ser servidos; não gostam de lavar os pés… A maioria
quer aparecer, e poucos aceitam fazer a vontade de Deus na obscuridade, por
trás dos bastidores.
Os
soldados de Davi
Nosso terceiro exemplo é encontrado
nos soldados de Davi. Observe o que as Sagradas Escrituras dizem:
“De
novo, fizeram os filisteus guerra contra Israel. Desceu Davi com os seus
homens, e pelejaram contra os filisteus, ficando Davi mui fatigado. Isbi-Benobe
descendia dos gigantes; o peso do bronze de sua lança era de trezentos siclos,
e estava cingido de uma armadura nova; este intentou matar a Davi. Porém
Abisai, filho de Zeruia, socorreu-o, feriu o filisteu e o matou; então, os
homens de Davi lhe juraram, dizendo: Nunca mais sairás conosco à peleja, para
que não apagues a lâmpada de Israel” (II Samuel 21:15-17).
Neste texto vemos Davi fatigado, e um
gigante tentando matá-lo. Mas também vemos Abisai vindo a seu socorro, que
reflete um princípio importante: nossos líderes não só nos protegem, mas também
precisam de nossa proteção!
Depois vemos os homens de Davi fazendo um
juramento de que nunca mais ele sairia à peleja com eles para que a lâmpada de
Israel não se apagasse. Isto nos faz entender que temos que ser liderados com
sensibilidade e discernimento espiritual, para podermos entender quando é hora
de batalharmos pelos nossos líderes. Davi tinha matado um gigante, mas isso não
queria dizer que ele é que tinha que matar todo gigante. Ele mostrou aos seus
liderados como matar gigantes também; e na hora que foi necessário, um dos seus
liderados mostrou que tinha aprendido como matar gigantes. Que discernimento
dos homens de Davi! Ao dizerem: “Você, ó rei, não sairá mais a peleja, pois
você é a lâmpada de Israel e vamos proteger você”.
Será que você tem tido está postura
diante do seu líder? Como tem sido o seu comportamento? Como você tem ficado
quando vê seus líderes cansados?
Lembre-se que aquilo que você semear é
o que você colherá!
Sem,
Cam e Jafé
Nosso quarto exemplo de submissão e
honra aos líderes é encontrado na vida de dois dos filhos de Noé: Sem e Jafé.
Observe o que a Bíblia de Deus nos comunica:
“Sendo
Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. Bebendo do vinho, embriagou-se e se
pôs nu dentro de sua tenda. Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo
saber, fora, a seus dois irmãos. Então, Sem e Jafé tomaram uma capa, puseram-na
sobre os próprios ombros de ambos e, andando de costas, rostos desviados,
cobriram a nudez do pai, sem que a vissem. Despertando Noé do seu vinho, soube
o que lhe fizera o filho mais moço e disse: Maldito seja Canaã; seja servo dos
servos a seus irmãos. E ajuntou: Bendito seja o Senhor, Deus de Sem; e Canaã
lhe seja servo. Engrandeça Deus a Jafé, e habite ele nas tendas de Sem; e Canaã
lhe seja servo” (Gênesis 9:20-27).
Esta é uma história conhecida. Noé
plantou uma vinha e veio a se embriagar do próprio vinho que a sua vinha
produzira. Cuidado com aquilo que você planta líder, pode ser que lá na frente
isso possa te derrubar ou expô-lo. Cam, vendo que seu pai (líder) estava nu,
foi correndo contar a seus irmãos:
– “Vocês não vão acreditar, nosso pai
(líder) que parecia ser tão certinho, cheio de cuidado, de temor a Deus, está
totalmente nu, e ainda esta falando umas coisas estranhas”.
O que ele falou eu não ouvi, não está
está escrito, mas até imagino:
– “Venham correndo ver o nosso pai
(líder) nu”.
Sem e Jafé, provavelmente comentaram:
– “Sem, você se lembra o que a Lei
fala sobre descobrir a nudez do pai (líder)”?
E imagino a resposta:
– “Claro Jafé, vou indo à frente para
não deixar ninguém vê-lo assim, e você providencie rápido um lençol para
cobri-lo”.
Chegando a tenda de Noé, talvez eles
tenham se perguntado:
– “Como vamos entrar, se não podemos
ver o nosso pai (líder) nu”?
Ao que um deles deve ter sugerido:
– “Vamos colocar o lençol nas nossas
costas e assim entramos de costas para não vê-lo”.
Como você já sabe, foi assim que eles
fizeram. Por isso receberam uma promessa de benção e Cam um promessa de
maldição. Quantos ministérios existem hoje, afundando ou já afundados por causa
do erro de querer expor líderes! Quando alguns liderados tomam conhecimento de
alguma coisa, já saem em desespero para contar a alguém, e contam até com um
certo gosto em sua boca. Muitas vezes quando vemos alguém errando, em vez te
tentar ajudar, corremos para contar para quantos conseguirmos:
– “Fulano caiu”!
E daí surgem outros comentários do
tipo:
– “Eu já sabia…”
– “Eu já desconfiava”,
– “Eu não disse que isso ia
acontecer?”
Muitas vezes somos tão implacáveis
que, se algumas pessoas estivessem debaixo do nosso ministério elas estariam
perdidas. Como Pedro (quando traiu Jesus); Davi (quando adulterou); Noé (quando
se embriagou e ficou nu); os discípulos (por terem abandonado Jesus na hora que
ele mais precisava), e muitos outros. Deus perdoa, mas nós somos implacáveis e,
por isso, quando erramos, as pessoas são implacáveis conosco.
Precisamos mudar o nosso conceito de
liderança e de liderados.
Precisamos entender que o
segredo é ser servo, e servo de orelha furada.
A Importância da Autoridade Espiritual
Romanos 13.1-2
“Obedeçam às autoridades, todos vocês. Pois nenhuma autoridade
existe sem a permissão de Deus, e as que existem foram colocadas nos seus
lugares por ele. Assim quem se revolta contra as autoridades está se revoltando
contra o que Deus ordenou, e os que agem desse modo serão condenados”.
O EXEMPLO DO APÓSTOLO PAULO
Antes de reconhecer
a Autoridade, Paulo tentou acabar com a igreja (Atos 8.3); mas depois de se
encontrar com Jesus na estrada de Damasco entendeu que era difícil recalcitrar
(revoltar-se; rebelar-se, dar coices), contra os aguilhões (autoridade divina)
(Atos 9.5) Imediatamente Paulo caiu no chão e reconheceu Jesus como Senhor.
Em seguida, deu-se
início ao tratamento de Paulo. O que precisava aprender aquele que tinha livre
trânsito nas salas dos governadores e dos sumos-sacerdotes? O que precisava
aprender aquele que fora instruído aos pés de Gamaliel, o homem mais sábio de
sua época e que podia se comunicar livremente com qualquer estrangeiro do seu
tempo? O que precisava aprender aquele que não parava de ameaçar e perseguir a
igreja, por considerá-la a escória da humanidade?
A resposta é
simples: Paulo precisava aprender a obedecer. A obediência era o ponto de
partida não só para a restauração como para a confirmação da conversão de Paulo
e posteriormente do seu ministério. Não nos esqueçamos de que foi ele quem
escreveu a carta aos romanos. No momento em que foi salvo por Jesus, Paulo
reconheceu a autoridade de Deus. Prova disso foi a sua atitude de submeter a
sua vida a um cristão simples de Damasco chamado Ananias.
Ananias é
mencionado na Bíblia apenas uma vez. Humanamente não se tratava de um ilustre
catedrático ou um respeitado homem de negócios. Era apenas um cristão cheio do
Espírito Santo, cuja vida estava em total submissão a Deus.
Como pode Paulo,
que era formado e capacitado, dar ouvidos às Palavras de Ananias – um ilustre desconhecido?
A resposta é: o conhecimento da Autoridade Espiritual. Se Paulo não tivesse
tido um encontro com a Autoridade na estrada de Damasco jamais teria se
sujeitado a Ananias.
Isto nos faz
aprender mais um princípio: Todo aquele que conhece a autoridade lida com a
autoridade e não com o homem. Não consideramos o homem, mas a autoridade
investida nele. Não obedecemos ao homem, obedecemos à autoridade de Deus que
está nesse homem.
Isto deve responder
às nossas posturas equivocadas diante de um governante calhorda, de um pai
estúpido, de um líder espiritual hipócrita ou de um policial que abusa da sua
autoridade.
Certa vez,
perguntaram a um grupo de membros de igreja: “Você é submisso aos seus
líderes?”. As respostas mais comuns foram: ”Se eu achar que devo, sim”; “Se
eles fizerem por onde merecer, sim”; “Se os líderes procurarem viver de acordo
com a vontade de Deus, sim”.
O nosso erro está
em sempre atrelar a nossa obediência a homens e não a Deus. Com isso damos lugar
à rebeldia, alimentamos a desordem e saímos do propósito de Deus.
O que seria da
família se os filhos só obedecessem aos pais que nunca cometeram erros? O que
seria da nação?
NÃO PODEMOS
ESQUECER DISSO: O princípio da Obediência não tem a ver com os homens, mas com
Deus.
Um irmão querido me
perguntou esta semana, o que fazer quando um pai ou uma mãe diz para o filho a
não vir mais para a igreja. Esse filho deve obedecer aos pais? Claro, eu
respondi. Então a pessoa me disse: Mas Jesus não disse que aquele que não
deixar pai e mãe por amor a ele não é digno dele? Sim. Respondi. Mas não
confundamos Jesus com a instituição chamada “igreja”. Jesus irá resolver o
problema desta pessoa, não porque ela foi fiel à igreja, mas porque foi obediente
ao princípio da Autoridade Espiritual.
Posteriormente
veremos como Davi se relacionou com o princípio da Autoridade. Quando Saul
perseguia Davi teve oportunidades de sobra para aniquilar com a vida de Saul.
Os seus guerreiros lhe disseram destas chances. Mas qual foi a resposta de
Davi? “Longe de mim, tocar a mão no ungido do Senhor”. Todos sabemos que Saul
já não merecia mais nenhum respeito, nem como rei nem como homem. Mas Davi
naquele momento não estava lidando com o homem, estava lidando com a Autoridade
de Deus que ainda estava naquele homem. O povo e o próprio Deus já haviam
escolhido Davi como sucessor de Saul. Mas o trono ainda não havia sido passado
oficialmente a Davi. Portanto, Saul ainda era a autoridade.
O EXEMPLO
DE JESUS
Vemos em Filipenses
2.8 que Jesus foi obediente até a morte na cruz; naquele tempo a maneira mais
vergonhosa de morrer.
No Jardim do
Getsêmani Jesus buscou o Pai em oração a ponto de o seu suor se transformar em
gotas de sangue. A
sua condição no Getsêmani fundamentava-se no princípio de 1 Samuel 15.22, que
diz que para Deus obedecer é melhor do que sacrificar. É a vontade de Deus que
Jesus está procurando compreender e não a intensidade do sacrifício. A vida de
Jesus sempre esteve centrada na vontade do Pai. Sinceramente ele ora: “Se é
possível, passe de mim este cálice; não seja, porém, como eu quero, mas como tu
queres”.
Veja: A vontade de
Deus é que é absoluta. Não o cálice (a crucificação). Antes de conhecer a
vontade de Deus, o cálice e a vontade de Deus eram duas coisas distintas.
Contudo, depois que Jesus compreendeu que o cálice estava dentro do propósito
de Deus, a vontade de Deus e o cálice se tornaram uma só coisa. Quem, naquele
momento, exercia autoridade sobre Jesus, a vontade de Deus ou a cruz? Claro, a
Vontade de Deus.
No cristianismo, a
cruz é o ponto culminante. Mas é, em função de Deus ter decidido que fosse.
Antes de Jesus e depois dele, muitos morreram crucificados. O que tornou a cruz
um símbolo marcante foi porque aprouve a Deus que o seu filho morresse na cruz
pelos nossos pecados. Para Jesus, importante não era morrer dessa ou daquela
maneira; importante era estar no centro da vontade de Deus. Não era o
sacrifício, era a autoridade de Deus sobre a sua vida. Este foi um princípio
que o acompanhou durante todos os seus dias aqui na terra.
A ATITUDE DE JESUS DIANTE DOS TRIBUNAIS
Mateus 26 e 27
registram o duplo julgamento que Jesus enfrentou após o seu aprisionamento.
Diante do sumo sacerdote ele recebeu julgamento religioso e diante de Pôncio
Pilatos recebeu julgamento político. Quando foi julgado por Pilatos (Mateus
27), o Senhor não respondeu nada, pois se encontrava sob jurisdição terrena.
Mas quando o sumo sacerdote o conjurou pelo Deus Vivo, então ele precisou
responder às perguntas que estavam sendo feitas. Isto é obediência à
autoridade.
Aqui está a segunda
consideração que precisávamos fazer acerca deste princípio: Todo aquele que
conhece a autoridade lida com a autoridade e não com o homem.
CONCLUSÃO
Vamos concluir a
mensagem de hoje pensando nas palavras do pastor chinês Watchman Nee:
Há dois
importantes aspectos no universo: confiar na salvação de Deus por meio de Jesus
Cristo e obedecer à sua autoridade. Confiar e Obedecer.
A Bíblia define o
pecado como transgressão (1João 3.4). Em Romanos 2.12, a palavra “sem” lei é o
mesmo que “contra” a lei. A transgressão é desobediência à autoridade de Deus;
e isto é pecado. Pecar é uma questão de conduta, mas transgressão é uma questão
de atitude do coração. O presente século caracteriza-se pela transgressão, e
logo o fruto desse pecado aparecerá. A autoridade no mundo está sendo cada vez
mais solapada até que, finalmente, todas as autoridades sejam destruídas e a
transgressão governe. Saibamos que no universo existem dois princípios: o da
autoridade de Deus e o da rebeldia satânica. Não podemos servir a Deus e
simultaneamente andar pelo caminho da rebeldia. Satanás ri quando uma pessoa
rebelde prega a palavra, pois nessa pessoa habita o princípio satânico. O
princípio do serviço tem de ser a autoridade, se obedecemos ou não a autoridade
de Deus”.
Na palavra de Deus
há linhas específicas de autoridade que devemos obedecer para não estarmos em
rebeldia contra o próprio Deus:
1. Em relação a Deus (Daniel 9.5-9)
2. Ao governo civil (Romanos 13.1-7, 1Timoteo 2.1-4; 1Pedro
2.13-17)
3. Aos pais (Efésios 6.1-3)
4. Esposa em relação ao marido (1Pedro 3.1-4)
5. Ao patrão (1Pedro 2.18-23)
6. Aos líderes da igreja (Hebreus 13.17)
7. Uns aos Outros (Efésios 5.21)
Estudo feito por: Christianne Ravagnani
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