sexta-feira, 22 de julho de 2011

Levítico - Parte 1 - Capítulos 1 a 17

Começamos esse estudo por um dos versículos mais importantes desse livro:
Lev.19:2: "Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, Sou Santo”.
Temos que pregar tanto a expiação pelo sangue de Cristo quanto a vida de santidade baseada na expiação feita pelo sangue de Cristo. O salvo tem que saber como andar com Deus na comunhão.
Nos capítulos iniciais de Levítico, Deus pede a Moisés para instruir o povo a respeito da forma correta de aproximar-se de Deus e do santuário.
O povo de Israel tinha apenas um conceito vago da santidade de Deus e de seu atual estado de pecado. Aprenderiam que apenas o que é santo pode aproximar-se de Deus e entrar em sua presença.
Portanto não podiam atrever-se a entrar na morada de Deus, só poderiam chegar até a porta do átrio, e ali entregar seu sacrifício com humildade e contrição.
Israel devia aprender a aproximar-se de Deus mediante o cordeiro sacrificado, não devia ficar na desesperança da condenação da Lei de Deus, pois havia uma via de escape.
O Cordeiro seria o seu sacrifício vicário, ou seja, morreria por eles e, pela fé no
sacrifício, eles poderiam entrar em comunhão com Deus.
Quanto aos sacrifícios diários: todas as manhãs se oferecia no altar do holocausto um cordeiro em favor de toda a nação, e à tarde se repetia o mesmo serviço.
Este holocausto proporcionava expiação temporária e provisória para a nação, até que o pecador pudesse comparecer, levando seu próprio sacrifício.
Quando um homem pecava, embora não pudesse comparecer imediatamente no santuário, mesmo por semanas e meses, sabia que havia um sacrifício sobre o altar que se consumia em seu favor, e que ele estava "protegido" até que pudesse apresentar sua própria oferenda e confirmar seu arrependimento.
Os sacrifícios eram queimados com fogo lento para que durassem até que fossem colocados os próximos, conforme vemos em Lv 6:9.
Era o dever dos sacerdotes assegurar-se de que esse fogo nunca se apagasse. O sacrifício vespertino durava até a manhã, e o sacrifício matutino durava até a tarde. Deste modo, sempre havia uma vítima sobre o altar para proporcionar expiação provisória e temporária para Israel.
Este fogo não devia ser utilizado para nenhum fim comum, nem devia ser usado fogo comum nos serviços do santuário.
Algumas oferendas possíveis: Cordeiro Macho, Novilho, Ovelha, Pombinha ou rolinha, Cabrito, Boi, Cabra, Bode, Aves, Novilha Ruiva, Novilha que nunca trabalhou, Cordeiro, Bezerro etc...Quem apresentava a oferenda podia escolher entre essas. O rico naturalmente preferia apresentar um bezerro.
Deus tinha piedade dos que eram muito pobres até mesmo para trazer o sacrifício habitual. O transgressor apresentava, então, duas aves ao sacerdote. Mas se ainda fosse bastante pobre, até para apresentar as aves, poderia trazer uma pequena porção de farinha
O sacerdote tomava o punhado da farinha e a queimava sobre o altar, seguindo o ritual. Aqui encontramos uma situação bastante diferente, uma oferenda pelo pecado SEM SANGUE.
Como pode ? Se a
palavra diz em Hb 9:22 "sem derramamento de sangue não se faz remissão de pecado."
Isso é verdade, porém a farinha era jogada sobre um animal que já havia derramado o seu sangue.
Levíticos inicia com uma série de ofertas/sacrifícios.
O holocausto de gado.
A oferta de manjares (cereais).
O sacrifício pacífico.
O sacrifício de pecado.
O sacrifício do pecado cometido.
O expediente de um sacerdote era de 1 semana, onde terminava oferecendo seu último sacrifício no sábado pela manhã e o outro começava na sexta-feira e oferecia seu primeiro sacrifício da semana no sábado à tarde.
Os sacerdotes que se retiravam do serviço no santuário tiravam o pão da mesa, e os sacerdotes que começavam colocavam o pão fresco. Havia um cuidado de não tirar o pão até que estivesse preparado o outro, sempre devia haver pão sobre a mesa, assim como sempre deveria haver um holocausto sobre o altar. Por isso, o holocausto era chamado "holocausto contínuo" e se fala na "colocação contínua dos pães da proposição."
O primeiro requisito para assumir o sacerdócio era ser descendente de Arão. Conservavam-se com grande cuidado os registros genealógicos, conforme descrito em 2Cr 31:16-19. Quem não pudesse apresentar provas legais de sua ascendência arônica, não podia ministrar no cargo sacerdotal.
O segundo requisito era não ter nenhuma deformidade física. Qualquer defeito ou lesão bastava para impedir que um filho de Arão se aproximasse do altar, ou até para que entrasse no santuário.
Arão foi ungido (Lv 8:12) por Moisés como sumo-sacerdote, e seus filhos como sacerdotes.
No cap 10 vemos os filhos de Arão serem consumidos, por haverem levado fogo “estranho” diante do Senhor...
Em Cristo, somos eleitos como reis e sacerdotes, e precisamos seguir os mandamentos do Senhor para prosperarmos em tudo que venhamos a fazer.
Cristo é o nosso Sumo-sacerdote, e deixou sacerdotes para nos ensinarem o caminho que devemos trilhar. Devemos honrar estes homens levantados por Deus a nosso favor, conforme descrito em Hebreus 12:17:
“Obedecei a vossos Pastores, sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas como quem há de prestar contas delas; para que o façam com alegria e não gemendo...  “
A PURIFICAÇÃO DO POVO - Cap. 11 - 16
Deus deu aos judeus várias leis para governar, estabelecer e garantir a pureza do seu povo. Estas leis estabeleceram regras sobre a pureza física (comida), pureza sexual, doença e higiene pessoal.
Deus deu estas leis a Israel porque Deus exigiu para o seu povo ser separado e diferente dos pagãos ao seu redor, para manter uma diferença entre seu povo e o povo pagão.
Os que crêem na Palavra de Deus têm que manter uma vida pura perante o Senhor. Nós temos que fazer uma diferença entre a coisa imunda e limpa em nossas vidas segundo a Palavra de Deus. Tudo isto nos ensina que Deus exige pureza e santidade nas vidas do seu povo.
O Grande Dia da Expiação Anual - Capitulo 16.
Neste capítulo a Bíblia dá um dos retratos simbólicos mais claros e bonitos da expiação de pecado pelo Senhor Jesus Cristo. Expiação significa "cobrir", o sangue do sacrifício cobriu o pecado do povo.
Sabemos que o Novo Testamento nos ensina que os sacrifícios do Velho Testamento não tiraram pecado de verdade, mas estavam somente olhando e simbolizando Jesus Cristo que tirou o pecado do seu povo quando se deu para morrer, ser sepultado e ressuscitar ao terceiro dia, como vemos em:
Hebreus 10:4 “porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire pecados.”
Hebreus 10:11 "Ora, todo sacerdote se apresenta dia após dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados."
Estes sacrifícios foram feitos para simbolizar Jesus Cristo e a grande salvação que ele providenciou ao derramar o seu sangue para nos salvar de todo pecado.
Foi observado uma vez por ano no dia 10 do sétimo mês do ano judaico, que é outubro para nós. Mostra que Jesus Cristo se ofereceu como o sacrifício de pecado para os escolhidos, uma vez para sempre.
Hebreus 10:10 “É nessa vontade dele que temos sido santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez para sempre.”
Este festival judaico foi diferente de todos os outros, foi um dia de afligir as suas almas. Outros festivais eram alegres e jubilosos, mas este não. Mostra que sem arrependimento pelo pecado todos perecerão. Foi isto que Jesus falou: “Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis." Lc. 13:3
Era o único dia do ano que alguém podia entrar no lugar santíssimo. Apenas uma pessoa podia entrar, o sumo sacerdote. Nenhum outro sacerdote podia ajudar o sumo sacerdote neste dia, ele tinha que fazer tudo sozinho.
O sumo sacerdote não podia usar neste dia a sua roupa gloriosa e bela, mas somente a roupa simples de linho do sacerdote mais humilde.
Aarão tinha que fazer um sacrifício por si mesmo, fazendo expiação pelos seus próprios pecados, antes de entrar no lugar santíssimo, porque Aarão era pecador também.
O ALTAR - Cap. 17
Este capítulo fala sobre o único lugar de sacrifício
Lev.17:6 "E o sacerdote espargirá o sangue sobre o altar do Senhor, à porta do Tabernáculo, e queimará a gordura por cheiro suave ao Senhor."
Deus preparou um lugar para se revelar para o Seu povo.
Do mesmo modo nos dias de hoje, Deus tem preparado Igrejas, para manifestar seu poder e falar com o seu povo. É na casa do Senhor que devemos prestar um culto racional:
1. Ofertando e devolvendo seu dízimo
2. Adorando com espírito de gratidão, louvando a Deus pelos seus feitos, aprendendo a Sua Palavra, para manter a nossa vida santa, pura e fortalecida até o dia da Sua volta.
Altar representa morte. É na casa do Senhor, diante do altar do nosso Deus, que devemos deixar todas nossas mágoas, tristezas e dores, pois deste altar flui um rio, que nos sara de todas as feridas...
Porém, para termos a vitória em Cristo, não podemos nos aproximar de qualquer maneira deste altar...
“Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta.” Mateus 5:23,24

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