quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ressurreição x Reencarnação




Primeiramente gostaria de falar sobre o que é Reencarnação e o que é Ressurreição.
Algumas pessoas acreditam que as duas são semelhantes, porém veremos abaixo algumas características das mesmas e poderemos assim tirar ao fim nossas conclusões:
Reencarnação: é uma ideia central de diversos sistemas filosóficos e religiosos, segundo a qual uma porção do Ser é capaz de subsistir à morte do corpo. Chamada consciência, espírito ou alma, essa porção seria capaz de ligar-se sucessivamente a diversos corpos para a consecução de um fim específico, como o auto-aperfeiçoamento ou a anulação do carma. (Conjunto de ações dos homens e suas consequências)
A reencarnação é um dos pontos fundamentais do Hinduísmo(já pregava esse conceito 5 mil anos antes de cristo), do Jainismo, do Culto de Tradição aos Orixás (Òrìsà)(já difundia esse conceito 5 mil anos antes de cristo), da Teosofia, do Rosacrucianismo e da filosofia platônica, mais recentemente o Espiritismo (codificado por Allan Kardec). Existem vertentes místicas do Cristianismo como, por exemplo, o Cristianismo esotérico, que também admite a reencarnação.
Há referências recentes a conceitos que poderiam lembrar a reencarnação na maior parte das religiões, incluindo religiões do Egito Antigo, religiões indígenas, entre outras. A crença na reencarnação também é parte da cultura popular ocidental, e sua representação é frequente em filmes de Hollywood.
O espiritismo é o maior divulgador da doutrina da reencarnação no Brasil e na maioria dos países ocidentais. O espiritismo crê que a reencarnação é um processo obrigatório até o espírito não precisar mais reencarnar, isso se dá quando ele se torna um espírito puro. A reencarnação, na visão espírita, é uma oportunidade do espírito se aperfeiçoar, intelectualmente, através do trabalho, e moralmente, através da constante busca do espírito pela felicidade eterna. Assim, a reencarnação é vista como uma benção pelo espírito, pois é uma oportunidade de progresso. Além de trabalhar para o seu desenvolvimento, o espírito quando reencarna, também vêm expiar faltas que cometeu em encarnações anteriores. Por exemplo, um assassino em série poderá reencarnar sem os braços e sem as pernas, para que aprenda a amar mais o seu próximo, pois nessa condição precisaria constantemente dos outros; ou, por exemplo, uma mãe que menosprezou seu filho, poderia reencarnar em uma família que a menosprezasse, compelindo-a a repensar seus atos. Cada reencarnação é minuciosamente planejada pelos espíritos superiores, para dar a máxima oportunidade do espírito reencarnasse e desenvolver, e obter o máximo de proveito de sua encarnação.
Para o espiritismo, a reencarnação é uma prova da justiça de Deus, que dá infinitas oportunidades para o espírito se aperfeiçoar, ao invés de mandá-lo para o céu ou o inferno eterno por que simplesmente nasceu em uma família que não lhe deu a devida educação para os serviços cristãos. Segundo essa mesma doutrina, se o espírito se entrega a corrupção dos valores cristãos, ele terá infinitas oportunidades de se aperfeiçoar, irá pagar pelos crimes que cometeu na sua próxima reencarnação.
De acordo com o livro dos espíritos(Livro com 1009 quesitos escrito pelos “espíritos”) “As reencarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porque o progresso é quase infinito”(Quesitos 132,167e 169).
*Ressurreição
De acordo com o ensino da Bíblia Sagrada, só há uma separação corpo-espírito, i.e., o homem só morre uma vez:

   Hebreus 9.27-28

 Como vimos, o homem morre e fica aguardando julgamento. Haverá um dia em que todos serão julgados.

O Senhor Jesus ensinou que o injusto, quando morre, vai para um lugar de tormentos. O justo, para um lugar de paz. Tal ensino está na parábola do rico e Lázaro.
Lucas 16.19-31

Todos ficam aguardando a ressurreição.

Ressurreição significa a vivificação do corpo morto, não importa quanto tempo esteja nesse estado. Significa o reencontro do espírito com o corpo original:
Romanos 8.11

Na vinda do Senhor, “os que morreram em Cristo [i.e., os cristãos, aqueles que crêem em Jesus como Senhor e Salvador] ressurgirão primeiro”.
1 Tessalonicenses 4.16-17

E os que fizerem o Mau?

João 5:29

Sob inspiração divina, o apóstolo Paulo declara: “Cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também cremos que aos que dormem em Jesus, Deus os tornará a trazer com ele” (v.14).


Um dos exemplos na Bíblia Sagrada que se contrapõe à doutrina da reencarnação. O ladrão que se arrependeu...
Lucas 23.43

 Esse ladrão tinha motivos de sobra para reencarnar umas mil vezes até se tornar perfeito. Jesus perdoou seus pecados e lhe garantiu a vida eterna.

O homem que antes era semelhante a Jesus,quando pecou,contaminou o corpo perdendo a forma de Deus(ficando assim o carpo humano sujeito a doenças, vermes e enfermidades de todos  os tipos e formas)porque nós deixamos a morte entrasse em nosso ser, deturpando a mente com sentimentos de medo, duvida e inseguranças por causa da separação do nosso criador.
Então quando o homem recebe a Palavra que está em Jesus, Deus tem como objetivo recuperar a sua imagem no homem através do processo de regeneração.
Através desse processo  homem transforma a sua alma dia após dia pela sua mente renovada nos pensamentos e conhecimento da vida eterna e abundante que Deus tem para ele.
O homem ganha um coração novo.
Ezequiel 36:26

Um coração temente a Deus porque passa a conhecer quem é Deus e quem o Homem é em Deus e para Deus, para que no ultimo dia,quando Jesus Voltar para revelar os segredos dos corações das pessoas,esses corações regenerados sejam para a glória e semelhança dele, então haverá RESSURREIÇÃO, corpos novos se, pecados, não nascidos de carne humana, mas transformados por Deus para que todo o nosso corpo de pecado seja destruído.

Mas a ressurreição de Jesus não era como outras que a precederam e a sucederam. Todas as outras pessoas na Bíblia que foram  ressuscitadas eventualmente morreram de novo. Jesus entretanto, está vivo no Espírito, para sempre.
Ou tudo isso é um grande engano? Desde o início é isso que muitos querem crer. Até ANTES da ressurreição de Jesus havia uma preocupação por parte dos líderes religiosos de inventar uma história de Jesus após sua morte.
Mateus 27.62-66

 E quando, para a surpresa deles e apesar desta vigilância toda, Jesus ressuscitou, os mesmos líderes inventaram uma história de roubo do corpo para explicar o ocorrido.

Mateus 28.11-15
 Mas nada disto adiantou, porque Jesus foi VISTO VIVÍSSIMO por muitos nos dias seguintes.

 *Portando a Reencarnação é considerado pelos cristãos como uma doutrina falsa. Pois Satanás é especialista em deturpar a Palavra de Deus e espalhar falsas doutrinas.

I Pedro 5:8-11

 Escrito por: Tamiris Oliveira

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A fé



A não se explica através da lógica humana. Fé é crença, convicção, certeza, confiança, entrega. É a certeza de que algo vai acontecer, não importando se as condições sejam contrárias. A definição bíblica para a fé é a seguinte:

"É a CERTEZA das coisas que se esperam, e a prova das coisas QUE NÃO SE VÊEM" (Hb 11.1).
 Fé é a crença de que o Senhor está no comando de todas as coisas, em quem depositamos total e irrestrita confiança.

Algumas pessoas citadas na Bíblia que foram movidas pela sua fé.

Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.
Hebreus 11:7
Detalhe: nunca havia chovido na Terra

Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lhe tinha prometido.
Hebreus 11:11

Pela fé passaram o Mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.
Hebreus 11:29

Fé é crer que o sacrifico de Cristo é suficiente e perfeito para a salvação;

A fé é simplesmente crer que somente e tão somente o sacrifício de Cristo é capaz de nos salvar;

Isso realmente exige fé. Pois você é convidado para jogar fora qualquer esforço para conseguir a salvação por seus próprios méritos;

Fé é crer que o sacrifício de Cristo foi único. Não é preciso outro sacrifício. Cristo morreu de uma vez por todas: Hb 9.11-12.

Fé é o meio para uma pessoa se:
Redimir,  Justificar, Aceitar, Santificar, Ter Luz e Vida Espiritual, Vida Eterna, Descanso no Céu, Edificação, Preservação, Ter Acesso a Deus.

A fé na vida do Homem produz: Esperança, Alegria, Paz, Audácia na Pregação, Amor a Cristo, Lugar para Cristo em nossa vida, Oração verdadeira.
A Fé agindo em nossas vidas nos leva a: ser sinceros, abundar, continuar firmes, ser fortes, Orar, Ter plena Certeza, Mostrar através dos frutos, Vencer lutas, ser conscientes,
A Fé é uma imposição de Deus em nossa existência por que: Garante vitórias , Fundamental na vida, Protege-nos, Indispensável na vida cristã, Indispensável na oração,Unificada ao amor , 

Exemplos de homens que venceram na fé:
- Abraão Gn 22.8
- Calebe Js 14.12
- Jônatas 1Sm 14.6
- Davi 1Sm 17.37
- Josafá 2Cr 20.12
- Jó Jó 19.25
- Paulo At 27.25
- Elias, Jessé, Pedro e muitos outros!

Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Thiago 2:17

Tiago não estava pedindo que a igreja comprovasse sua salvação, mas que lhe mostrasse a sua fé, através da prática de boas obras, afinal sem elas a fé é morta..
* Ser batizado para a salvação da forma correta.
* Tornar-se um discípulo, desistindo de tudo.
* Falar da palavra ao próximo.
* Alimentar e cuidar dos carentes.
* Viver segundo os Dez Mandamentos.
* Viver sem pecar.

Outros versículos para reflexão:

Respondeu o Senhor: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te, e planta-te no mar; e ela vos obedeceria.
Lucas 17:6
Porém ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é contada como justiça;
Romanos 4:5
Logo a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo.
Romanos 10:17
(porque andamos por fé, e não por vista);
2 Coríntios 5:7
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie.
Efésios 2:8-9
Escrito por: Patrícia Ramos

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A Bíblia e um pouco da história




Bíblia (do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, "rolo" ou "livro") é o texto religioso de valor sagrado para o Cristianismo, em que a interpretação religiosa do motivo da existência do homem na Terra sob a perspectiva Judaica é narrada por humanos.  A Bíblia foi escrita por 40 autores, entre 1445 e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento) e 45 e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1600 anos.
É o livro mais vendido de todos os tempos com mais de 6 bilhões de cópias em todo o mundo.
A Bíblia foi escrita por pessoas inspiradas por DEUS. É dividida em dois grandes grupos de livros: o Antigo e o Novo Testamento. 
O Antigo Testamento apresenta a história do mundo desde sua criação até os acontecimentos após a volta dos judeus do exílio babilônico, no século IV a.C. 
O Novo Testamento apresenta a história de Jesus Cristo e a pregação de seus ensinamentos, durante sua vida e após sua morte, no século I d.C.
A Bíblia não era dividida em capítulos até 1227 d.C., quando o professor Sthepen Langton os criou, e não apresentava versículos até ser assim dividida em 1551 por Robert Stephanus
A quantidade de livros do Antigo Testamento varia de acordo com a religião ou Denominação cristã que o adota: a Bíblia dos cristãos protestantes e o Tanakh judaico incluem apenas 39 livros, enquanto a Igreja Católica aceita 46 livros. Os sete livros existentes na Bíblia católica, ausentes da protestante são conhecidos como deuterocanônicos ou apócrifos.
Os deuterocanônicos, aceitos pela Igreja Católica como sagrados são: Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruque. Estes estão disponíveis na tradução grega do Antigo Testamento, datada do Século I a.C., a Septuaginta.
Segundo a visão protestante, os textos deuterocanônicos (chamados "Livros apócrifos" ) foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa (ver: Testimonium Flavianum).
O Novo Testamento é composto de 27 livros.
Roger Bacon, no século XIII demonstrou que vários textos da Bíblia estavam adulterados. Entretanto, com as descobertas da biblioteca de Nag_Hammadi_(manuscritos) e dos Manuscritos do Mar Morto (ou Qumram), no século XX, essas dúvidas dissiparam-se e, com o advento das técnicas de crítica textual, hoje a Bíblia está disponível com pelo menos 99% de fidelidade aos originais; sendo que a maioria das discrepâncias presentes nos outros 1% dos trechos são de natureza trivial, isto é, sem relevância.

Os cristãos sofreram duras perseguições até o ano 311, quando o imperador romano do oriente Gaius Galerius Valerius Maximianus, então às portas da morte, publicou o Édito da Tolerância, descriminalizando do cristianismo junto com seu César Licínio e pediu orações aos cristãos pelo seu restabelecimento. Este édito de Galério abriria caminho ao Édito de Milão de 313, editado por Licínio e Constantino I que não apenas toleraria o Cristianismo, mas o reconheceria primeiro como uma das religiões oficiais, e, finalmente, como a única religião do império, reconhecendo a insânia da perseguição aos Cristãos.
No ano de 323, Constantino alcançou o posto supremo de Imperador. Como a Igreja Cristã era, à época, a instituição mais numerosa de todo o império romano, Constantino decidiu por apoderar-se dela. A igreja católica, que ia se firmando então como entidade centralizadora da fé e declarando  que as Igrejas de Cristo que não se submetessem a ela eram igrejas heréticas, também se beneficiou grandemente dos interesses políticos do novo imperador. Com esta política de toma-lá-dá-cá, onde a autoridade de um fortalecia o prestígio de outra e vice-versa, nasceu a igreja católica, e as Igrejas cristãs que a ela não se curvaram, passariam por transformações profundas. Os templos das igrejas foram então restaurados e novamente abertos em toda parte. Em muitos lugares os templos pagãos foram dedicados ao culto cristão. Em todo o império os templos pagãos eram mantidos pelo Estado, mas, com, a “conversão” de Constantino, passaram a ser concedidos às Igrejas e ao clero cristão. O Domingo foi proclamado como dia de descanso e adoração. Como se vê, do reconhecimento do Cristianismo como religião preferida surgiram alguns bons resultados, tanto para o povo como para a igreja:
  • As perseguições acabaram;
  • A crucificação foi abolida;
  • Todos os templos foram restaurados e muitos outros construídos;
  • O infanticídio foi reprimido;
  • As lutas de gladiadores foram proibidas.
Apesar de os triunfos do cristianismo haverem proporcionado boas coisas ao povo, a sua aliança com o Estado inevitavelmente trouxe maus resultados para a igreja. As Igrejas eram mantidas pelo Estado e seus ministros privilegiados não pagavam impostos e seus julgamentos eram especiais.
Os cristãos não eram mais perseguidos, mas os pagãos passaram a ser, o que acabou acarretando muitas conversões falsas. Todos queriam ser membros da Igreja e quase todos eram aceitos. Homens mundanos, ambiciosos e sem escrúpulos, todos desejavam postos na Igreja, para, assim, obterem influência social e política.
Os cultos de adoração aumentaram em esplendor, é certo, porém eram menos espirituais e menos sinceros do que no passado. Aos poucos as festas pagãs foram incorporadas aos rituais da Igreja, porém com novos nomes que se “adequassem” ao cristianismo. A adoração a Vênus e Diana foi substituída pela adoração à virgem Maria. As imagens dos mártires começaram a aparecer nos templos, como objeto de reverência.
No ano de 363 todos os governadores professaram o Cristianismo e antes de findar o quarto século o Cristianismo foi virtualmente estabelecido como religião oficial do Império.
As Cruzadas foram expedições militares organizadas entre 1095 e 1291 pelas potências cristãs européias, com o objetivo declarado de combater o domínio islâmico na chamada Terra Santa, reconquistando Jerusalém e outros lugares por onde Jesus teria passado em vida. A empreitada constituía uma mistura de guerra, peregrinação e penitência: os guerreiros cruzados, conhecidos também como "peregrinos penitentes", acreditavam que seus pecados seriam perdoados caso completassem a jornada e cumprissem a missão divina de libertar locais sagrados, como a Igreja do Santo Sepulcro. Esses cavaleiros e soldados tinham como símbolo a cruz, bordada no manto que usavam - daí o nome com que ficaram conhecidos. Seus motivos não eram, porém, exclusivamente religiosos. Mercadores emergentes viram nas Cruzadas uma oportunidade de ampliar seus negócios, abrindo novos mercados e obtendo lucro ao abastecer os exércitos que atravessavam a Europa a caminho do Oriente.
Outro objetivo era unificar as forças da cristandade ocidental, divididas por guerras internas, e concentrar suas energias contra um inimigo comum, os chamados "infiéis muçulmanos". Nesse período de quase dois séculos, oito Cruzadas foram lançadas, embora duas delas jamais tenham chegado a Jerusalém. A Quarta desviou-se do seu objetivo original para atacar os cristãos ortodoxos de Constantinopla - que não reconheciam a autoridade do papa -, saqueando a cidade no ano de 1203. Já a Quinta conseguiu conquistar partes do Egito, mas bateu em retirada sob a pressão do inimigo antes de atingir a Palestina.

Martinho Lutero, em alemão Martin Luther, (Eisleben, 10 de novembro de 1483 — Eisleben, 18 de fevereiro de 1546) foi um sacerdote católico agostiniano e professor de teologia germânico que foi figura central da Reforma Protestante. Que ficando contra os conceitos da Igreja Católica veementemente contestando a alegação de que a liberdade da punição de Deus sobre o pecado poderia ser comprada, confrontou o vendedor de indulgências Johann Tetzel com suas 95 Teses em 1517. Sua recusa em retirar seus escritos a pedido do Papa Leão X em 1520 e do Imperador Carlos V na Dieta de Worms em 1521 resultou em sua excomunhão pelo papa e a condenação como um fora-da-lei pelo imperador do Sacro Império Romano.
Lutero ensinava que a salvação não se consegue apenas com boas ações, mas é um livre presente de Deus, recebida apenas pela graça, através da fé em Jesus como único redentor do pecador. Sua teologia desafiou a autoridade papal na Igreja Católica Romana, pois ele ensinava que a Bíblia é a única fonte de conhecimento divinamente revelada[1] e opôs-se ao sacerdotalismo, por considerar todos os cristãos batizados como um sacerdócio santo. Aqueles que se identificavam com os ensinamentos de Lutero eram chamados luteranos.
Sua tradução da Bíblia para o alemão, que não o latim fez o livro mais acessível, causando um impacto gigantesco na Igreja e na cultura alemã. Promoveu um desenvolvimento de uma versão padrão da língua alemã, permitindo a todos um conhecimento que durante muito tempo foi guardado somente pela igreja. Seus hinos influenciaram o desenvolvimento do ato de cantar em igrejas. Seu casamento com Catarina von Bora estabeleceu um modelo para a prática do casamento clerical, permitindo o matrimônio de padres protestantes.

O fato de que Deus nos deu a Bíblia é evidência e exemplo de Seu amor por nós. O termo “revelação” significa simplesmente que Deus comunicou à humanidade como Ele é e como nós podemos ter um correto relacionamento com Ele. São coisas que não poderíamos saber se Deus, na Bíblia, não as tivesse revelado divinamente a nós. Embora a revelação de Deus sobre Si mesmo tenha sido dada progressivamente, ao longo de aproximadamente 1500 anos, ela sempre conteve tudo que o homem precisava saber sobre Deus para com Ele ter um bom relacionamento. Se a Bíblia é realmente a Palavra de Deus, é portanto a autoridade final sobre todas as questões de fé, prática religiosa e moral.

A pergunta que devemos fazer a nós mesmos é: como podemos saber que a Bíblia é a Palavra de Deus e não simplesmente um bom livro? O que é único sobre a Bíblia que a separa de todos os outros livros religiosos já escritos? Existe alguma evidência de que a Bíblia é realmente a Palavra de Deus? Estes são os tipos de perguntas que merecem análise se formos seriamente examinar a afirmação bíblica de que a Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, divinamente inspirada, e totalmente suficiente para todas as questões de fé e prática.

Não pode haver dúvida sobre o fato de que a própria Bíblia afirma ser a verdadeira Palavra de Deus. Tal pode ser claramente observado em versículos como 2 Timóteo 3:15-17, que diz: “... desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”

A fim de responder a estas perguntas, devemos observar tanto as evidências internas quanto as evidências externas de que a Bíblia é mesmo a Palavra de Deus. Evidências internas são aquelas coisas do interior da Bíblia que testificam sua origem divina. Uma das primeiras evidências internas de que a Bíblia é a Palavra de Deus é a sua unidade. Apesar de, na verdade, ser composta de sessenta e seis livros individuais, escritos em três continentes, em três diferentes línguas, durante um período de aproximadamente 1500 anos, por mais de 40 autores (que tinham profissões diferentes), a Bíblia permanece como um livro unificado desde o início até o fim, sem contradições. Esta unidade é singular em comparação a todos os outros livros e é evidência da origem divina das palavras, enquanto Deus moveu homens de tal forma que registraram as Suas palavras.

Outra evidência interna que indica que a Bíblia é a Palavra de Deus é observada nas profecias detalhadas contidas em suas páginas. A Bíblia contém centenas de detalhadas profecias relacionadas ao futuro de nações individuais, incluindo Israel, ao futuro de certas cidades, ao futuro da humanidade, e à vinda de um que seria o Messias, o Salvador, não só de Israel, mas de todos que Nele cressem. Ao contrário de profecias encontradas em outros livros religiosos, ou das profecias feitas por Nostradamus, as profecias bíblicas são extremamente detalhadas e nunca falharam em se tornar realidade. Há mais de trezentas profecias relacionadas a Jesus Cristo apenas no Antigo Testamento. Não apenas foi predito onde Ele nasceria e de qual família viria, mas também como Ele morreria e que ressuscitaria ao terceiro dia. Simplesmente não há maneira lógica de explicar as profecias cumpridas da Bíblia a não ser por origem divina. Não existe outro livro religioso com a extensão ou o tipo de previsão das profecias que a Bíblia contém.

Uma terceira evidência interna da origem divina da Bíblia é notada na sua autoridade e poder únicos. Enquanto esta evidência é mais subjetiva do que as duas evidências anteriores, ela não é nada menos do que testemunho poderoso da origem divina da Bíblia. A Bíblia tem autoridade única, que não se parece com a de qualquer outro livro já escrito. Esta autoridade e poder podem ser vistos com mais clareza pela forma como inúmeras vidas já foram transformadas pela leitura da Bíblia. Curou viciados em drogas, libertou homossexuais, transformou a vida de pessoas sem rumo, modificou criminosos de coração duro, repreende pecadores, e sua leitura transforma o ódio em amor. A Bíblia possui um poder dinâmico e transformador que só é possível por ser a verdadeira Palavra de Deus.

Além das evidências internas de que a Bíblia é a Palavra de Deus, existem também evidências externas que indicam isto. Uma destas evidências é o caráter histórico da Bíblia. Como a Bíblia relata eventos históricos, a sua veracidade e precisão estão sujeitas à verificação, como qualquer outro documento histórico. Através tanto de evidências arqueológicas quanto de outros documentos escritos, os relatos históricos da Bíblia foram várias vezes comprovados como verdadeiros e precisos. Na verdade, todas as evidências arqueológicas e encontradas em manuscritos que validam a Bíblia a tornam o melhor livro documentado do mundo antigo. O fato de que a Bíblia registra precisa e verdadeiramente eventos historicamente verificáveis é uma grande indicação da sua veracidade ao lidar com assuntos religiosos e doutrinas, ajudando a substanciar sua afirmação em ser a Palavra Deus.

Outra evidência externa de que a Bíblia é a Palavra de Deus é a integridade de seus autores humanos. Como mencionado anteriormente, Deus usou homens vindos de diversas profissões e ofícios para registrar as Suas palavras para nós. Estudando as vidas destes homens, não há boa razão para acreditar que não tenham sido homens honestos e sinceros. Examinando suas vidas e o fato de que estavam dispostos a morrer (quase sempre mortes terríveis) pelo que acreditavam, logo se torna claro que estes homens comuns, porém honestos, realmente criam que Deus com eles havia falado. Os homens que escreveram o Novo Testamento e centenas de outros crentes (1 Coríntios 15:6) sabiam a verdade da sua mensagem porque haviam visto e passado tempo com Jesus Cristo depois que Ele ressuscitou dentre os mortos. A transformação ao ter visto o Cristo Ressuscitado causou tremendo impacto nestes homens. Eles passaram do “esconder-se com medo” ao estado de “disposição a morrer pela mensagem que Deus lhes havia revelado”. Suas vidas e mortes testificam o fato de que a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus.

Uma última evidência externa de que a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus é seu “caráter indestrutível”. Por causa de sua importância e de sua afirmação em ser a Palavra de Deus, a Bíblia sofreu mais ataques e tentativas de destruição do que qualquer outro livro na história. Dos primeiros imperadores romanos como Diocleciano, passando por ditadores comunistas e até chegar aos ateus e agnósticos modernos, a Bíblia resistiu e permaneceu a todos os seus ataques e continua sendo o livro mais publicado no mundo hoje.

Através dos tempos, céticos tiveram a Bíblia como mitológica, mas a arqueologia a estabeleceu como histórica. Seus oponentes atacaram seus ensinamentos como sendo primitivos e desatualizados, porém estes, somados a seus conceitos morais e legais, tiveram uma influência positiva em sociedades e culturas do mundo todo. Ela continua a ser atacada pela ciência, psicologia e por movimentos políticos, mas mesmo assim permanece tão verdadeira e relevante como quando foi escrita. Ela é um livro que transformou inúmeras vidas e culturas através dos últimos 2000 anos. Não importa o quanto seus oponentes tentem atacá-la, destruí-la ou fazer com que perca sua reputação, a Bíblia permanece tão forte, verdadeira e relevante após os ataques quanto antes. A precisão com que foi preservada, apesar de todas as tentativas de corrompê-la, atacá-la ou destruí-la é o testemunho claro do fato de que a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus. Não deveria ser surpresa para nós que, não importa o quanto seja atacada, ela sempre volta igual e ilesa. Afinal, Jesus disse: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Marcos 13:31). Após observar as evidências, qualquer um pode dizer sem dúvida nenhuma que “Sim, a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus.”

Indico a leitura: http://www.revistaboanova.org/literature/bsc/PBC01.pdf

Estudo feito por: Raphael Nunes